quinta-feira, 31 de agosto de 2006

Finito

Este blogue terminou. Descobri que já não era tão anónimo quanto eu desejaria, pelo que está na altura de procurar outras paragens.

Fico um pouco triste porque este blogue constrói a minha identidade blogueana. Com mais de 300 textos (parece não existir nenhuma maneira expedita de saber quantos ao certo) a minha própria memória e maneira de pensar estão de certa forma aqui representadas. E porque já tenho mais de 5.800 visitas neste e vai levar muito tempo a atingir tal valor no novo. Por outro lado, na prática só tinha um leitor assíduo e mais importante, que discutia os meus textos. O que me leva a pensar que estes contadores de visitas são um pouco irrelevantes, porque não contam o que realmente interessa. No meu próximo blogue vou investir um pouco no sentido de arranjar um contador mais realista.

Nesta despedida cheguei à conclusão de que existem apontadores para este blogue em 3 outros blogues, o que não deixa de ser interessante. Aparentemente as autoras dos blogues Insular, Lote 5 – 1º Dto. e O Meu Anel acharam que o meu blogue era suficientemente interessante para o incluírem nas suas listas.

E pronto, é isso. Vou montar a tenda noutro lado.

sexta-feira, 25 de agosto de 2006

P'lamor de Deus!!!

A CBS achou que seria boa ideia dividir os concorrentes do seu reality show "Survivor", por tribos étnicas. O que isto quer dizer é que na fase de grupos vamos ter uma tribo de brancos a concorrer contra uma tribo de negros, uma tribo de asiáticos e uma tribo de hispânicos. Em termos de audiências isto deve resultar, mas sempre quero ver o resultado desta linda ideia na paz social dos EUA. Sugiro que na série a seguir façam o programa com tribos religiosas.

BBC NEWS | Entertainment | Protests over Survivor 'tribes': "Protests over Survivor 'tribes'
Survivor contestants
A lawyer, police officer and guitarist are among the 'castaways'
Officials in New York are campaigning to stop the broadcast of a new series of reality show Survivor which divides contestants into ethnic 'tribes'."

quinta-feira, 24 de agosto de 2006

Diz o Presidente da Síria

"This means creating a state of enmity between Syria and Lebanon.

First, it robs Lebanon of its sovereignty. No single state in the entire world would tolerate deploying foreign troops on its border posts unless there is a state of war with the other state...

The second point is that it signals a hostile stance towards Syria. Naturally, it will create problems between Syria and Lebanon."

E para além disso também dificulta imenso a entrega de armas ao Hezbollah

BBC NEWS | Middle East | Syria warns over UN peacekeepers

terça-feira, 22 de agosto de 2006

E não se podem exterminá-los?

A Coreia do Norte é um verdadeiro paiol de dinamite fora de prazo a babar nitroglicerina numa área de grande instabilidade sísmica. Este país é um verdadeiro buraco negro. Quase nada se sabe sobre o que se passa dentro dele. Apenas se sabe que é liderado por um maníaco seriamente afectado pelo síndroma do homem baixo, com um penteado assustador e que detém a bomba nuclear e misseis capazes de atingir a Coreia do Sul (ok, não é grande coisa, quase que a podiam atirar à mão), Japão, China e a Rússia. É um país tecnologigamente estagnado, sem qualquer tipo de liberdade de imprensa, com uma economia em frangalhos, onde se estima que existam mais de 200.000 presos políticos e em que desde 1990 terão morrido cerca de 2 milhões de pessoas por causa da fome. De resto pouco mais se sabe. Têm medo dos islmitas radicais? Têm medo do Irão? Pelo menos desses ainda se sabe alguma coisa.

BBC NEWS | Asia-Pacific | N Korea condemns US-South drills: "N Korea condemns US-South drills South Korean special warfare command's soldiers, weapons at the ready, ride on inflatable boats during a sea infiltration drill in Taean, west of Seoul, 17 Aug 2006.
US and South Korean troops hold joint exercises every year North Korea has threatened to take pre-emptive action in response to US-South Korean military drills currently taking place in the region."

Perfil da Coreia do Norte

segunda-feira, 21 de agosto de 2006

San Fernán

Guerra contra o terrorismo

Esta expressão parece-me extremamente enganadora. Quem fala em guerra contra o terrorismo parece querer dar a entender que é uma guerra como as outras, que um dia poderá vir a ser ganha e que depois podemos ir todos para casa, lambem-se as feridas, lamentam-se os feridos, os estropiados e os mortos e entra-se num período de esperança e prosperidade com o desejo utópico de que não volte a acontecer. Mas a guerra contra o terrorismo não é mais que uma variação da luta contra o crime. Alguma vez alguém conseguiu derrotar o crime? Conhecem algum sítio onde este não exista em alguma das suas formas? O terrorismo - o terror - é uma ferramenta que organizações de carácter religioso e/ou político utilizam para conseguir atingir os seus fins. Enquanto existirem organizações desta natureza que aceitem o princípio de que os fins justificam os meios, existirá terrorismo.

E o resto é conversa.

Dormitório espacial

Como já descrevi num artigo antigo, a exposição prolongada (semanas, meses) a micro-gravidade causa alterações pouco desejáveis no organismo. Por outro lado, vi uma entrevista a uma astronauta norte-americana em que ela contava algo que eu já desconfiava: o Espaço é o melhor sítio do Universo para dormir. Não há posições desconfortáveis, até porque o corpo humano quando em repouso e na ausência de gravidade assume sempre a mesma posição. É uma posição semelhante à que adoptamos quando estamos de barriga para baixo a flutuar na água sem nos mexermos. As costas tendem a arquear e os braços ficam ligeiramente para a frente. Ao pensar nestes dois aspectos da micro-gravidade lembrei-me que uma hipótese para um futuro não muito longínquo seria que as pessoas trabalhassem na Terra mas tivessem as suas habitações no Espaço. Trabalhar no Espaço é um pouco complicado porque nada se comporta como estamos habituados. O simples facto de pousar uma coisa em cima de uma mesa não faz sentido porque sem gravidade essa coisa não fica pousada, fica a flutuar e pode simplesmente ir-se embora. Como é que as pessoas teriam um secretária? A não ser que esta estivesse coberta de velcro e da mesma foram que todos os objectos. É claro que ter as habitações no espaço também teria os seus problemas. Como é que se cozinhava? Teria de ser tudo no microondas ou no forno. Tachos e frigideiras esqueçam, a comida estaria constantemente a flutuar pela cozinha. Trabalhar com fluídos como azeite e leite seria um pesadelo. Para além disso, para manter a forma física e não sofrer de osteoporose e de perda muscular, as pessoas teriam de passar a maior parte do tempo na Terra, ainda não se arranjou uma maneira de evitar esses efeitos secundários da ausência de gravidade. Acho que não há solução, a única hipótese seria usar o espaço como dormitório e local para a prática de sexo (embora essa também deva ser complicada).

segunda-feira, 24 de julho de 2006

Autodefesa

O argumento de Israel para as suas ofensivas contra o Líbano tem sido o de que tem o direito a defender o seu território e os seus cidadãos. Eu reconheço a Israel esse direito, assim como o reconheço a qualquer outro país. Contudo, não reconheço é que o tipo de resposta que Israel tem dado aos mísseis do Hezbollah constitua uma forma de autodefesa. Por duas razões muito simples. Por um lado não parece estar a afectar a capacidade de lançar ataques do Hezbollah, e por outro está a destruir infraestruturas civis e a matar libaneses que nada têm a ver com o Hezbollah.

Utilizando a imagem do acidente de trânsito seria algo semelhante ao seguinte:

  • O membro do Hezbollah desloca-se a um stand de automóveis e pede para experimentar um carro que está interessado em comprar

  • Seguidamente dá umas voltas com o carro emprestado e pára num semáforo ao lado de um carro de um israelita

  • O israelita, por achar que o outro está demasiado encostado, abre a janela e grita - "Se me riscas a pintura, parto-te o carro todo"

  • O hezbollah, grita por sua vez - "Ai é?!", arranca a chiar os pneus e risca mesmo a pintura do carro israelita

  • Após uma perseguição pelas ruas da cidade, o hezbollah estaciona à pressa na entrada do stand e de fugida diz que o carro é interessante e que vai pensar

  • Entretanto o israelita aparece e começa a partir o carro todo, enquanto o dono do stand grita de mãos na cabeça e o hezbollah se dirige para o stand seguinte



Em que é que a situação do israelita melhorou?

sexta-feira, 21 de julho de 2006

A Nova Zelândia: um país tolerante e amigável

Ao que parece uma agente da polícia da NZ tinha um segundo emprego como prostituta. Apesar da prostituição ter sido legalizada na Nova Zelândia desde 2003 as chefias acharam que não era adequado que uma agente da polícia pudesse manter uma ocupação como call girl simultaneamente com o seu posto na polícia. A razão apresentada foi que, apesar de a prostituição ter sido legalizada, o crime organizado ainda detém um poder grande sobre a prostituição, pelo que a agente podia ser alvo de extorsão. Como tal, a trabalhadora neo-zelandesa foi obrigada a demitir-se... do bordel onde trabalhava. E a receber aconselhamento psicológico.

Vejo esta notícia com muito interesse porque demonstra o grau de tolerância deste país e sobretudo da polícia. Acho que gostava de viver num país assim.

BBC NEWS | Asia-Pacific | NZ policewoman works as call girl: "NZ policewoman works as call girl
Man handing money to a prostitute
The officer worked as a prostitute for a 'limited time'
A New Zealand policewoman has been allowed to keep her job, despite moonlighting as a prostitute."

Morrer de velhice no sono

O que é que alguém pode desejar mais na vida? Não é viver uma vida completa e morrer de velho na cama? Aparentemente até os mais brutais genocidas têm direito a esta morte pacífica. Ta Mok, um dos principais responsáveis pela morte de 1,7 milhões de cambojanos enquanto dirigente do Khmer Rouge, morreu esta noite durante o sono. Não morreu em casa rodeado de amigos e familiares, morreu na prisão em que vivia desde 1997, o que torna o facto um pouco menos obsceno. Mas morreu sem nunca ter sido julgado pelas atrocidades em que participou. Tal como Pol Pot que morreu escondido nas florestas do Camboja (Khmer), Ta Mok consegue negar aos sobreviventes e familiares das vítimas o único consolo que podiam ainda ter. A Justiça.

BBC NEWS | Asia-Pacific | Khmer Rouge 'butcher' Ta Mok dies: "Khmer Rouge 'butcher' Ta Mok dies

Ta Mok, one of the main leaders of Cambodia's brutal Khmer Rouge regime, has died in the capital Phnom Penh."

quinta-feira, 20 de julho de 2006

Mas quais civis...?

Parece-me que o que melhor caracteriza este conflito desesperante é o desrespeito completo e absoluto pelas vidas de civis. Israel ainda tem respeito por alguns civis, nomeadamente os seus. Basicamente a forma como Israel responde aos ataques do Hezbollah é equivalente a alguém que vê o seu carro ser abalroado por outro e não vendo maneira de obter satisfações do culpado ataca indiscriminadamente os donos de carros do mesmo modelo que o atingiu. Se atingir bastantes pode ser que venha ainda a acertar no original.

O Hezbollah não só não se preocupa com o que possa acontecer aos libaneses como faz parte da sua estratégia que Israel responda de forma desproporcionada como tem feito e que haja pesadas perdas de vidas inocentes. Porque ninguém acredita que o Hezbollah mantenha os dois soldados israelistas por acreditar que Israel venha a libertar os prisioneiros árabes que o Hezbollah pediu como moeda de troca.

Mas se não é para obter a libertação dos prisioneiros em Israel, para quê manter os soldados cativos? E porquê manter os ataques a Israel com rockets sobre a fronteira? A resposta é simples. Para obrigar Israel a responder, de preferência com ataques aéreos, castigando os civis libaneses. E o que é que o Hezbollah tem a ganhar com o castigo imposto aos libaneses? Basicamente duas coisas:

  • Crescimento na sua base de apoio junto dos libaneses, que ao serem bombardeados por Israel apoiariam quem o combatesse

  • Um aliviar das pressões internacionais (leia-se EUA e UE) sobre o Irão e a Síria no que diz respeito ao nuclear e ao apoio ao terrorismo



Como não me parece que haja alguma força no Líbano capaz de impedir o Hezbollah de continuar esta guerra pelos seus próprios interesses e contra os do Líbano, é bem possível que em próximas eleições, o Hezbollah venha a reforçar a sua posição no Parlamento. Por outro lado, o que me dá alguma esperança são os testemunhos que tenho lido de libaneses no local. Basicamente encolhem-se resignados lamentando serem novamente arrastados para uma guerra que não é deles.

BBC NEWS | Middle East | Fighting inside Lebanese border

terça-feira, 18 de julho de 2006

Guerra limpa ou paz podre

Não era interessante se fosse possível ver Histórias alternativas? Eu por exemplo tenho uma curiosidade doida em saber o que aconteceria se Israel decidisse finalmente atacar a Síria pelo seu óbvio apoio ao Hezbollah. Mas não tanta curiosidade que me leve a desejar que isso venha de facto a acontecer. Será que a Síria responderia com uma guerra aberta a Israel? Ou encolher-se-ia tal como o Governo Libanês que age como se nada se passasse? Não deixa de ser curioso que o Governo Libanês que tem uma coisa parecida com um exército regular, não só permita que o Hezbollah faça o que bem entende no Norte, como depois ignore as respostas de Israel sobre infraestruturas do país. Mas e o Irão? Será que víria em auxílio do seu aliado como ameaçou? E se estes dois países declarassem guerra a Israel? Os EUA teriam certamente de intervir. Mas com tanta guerra ao terrorismo e com o Iraque e o Afeganistão a darem ainda tanto trabalho, algum lado esse cobertor teria de destapar. O Iraque não conta, mas e os restantes países do petróleo? Certamente não entrariam nessa guerra. A não ser que as suas populações fizessem tal pressão que a isso os obrigasse... mas a ideia de ver a Arábia Sáudita ao lado do Irão e contra os EUA parece-me hilariante. E o Bahrein? Alguém imagina o Bahrein a mexer-se fosse pelo que fosse?

Imagino que o máximo que possa acontecer seria Israel fazer uma demonstração de força contra a Síria, destruindo por exemplo uma central eléctrica ou algum edificio do Governo, mas durante a noite, ao que a Síria responderia com muitas ameaças que nunca concretizaria. O Irão diria certamente que se Israel voltasse a fazer algo do género iam lá e davam cabo daquilo e depois ficava tudo na mesma.

Mas o mais provável é Israel não atacar a Síria.

BBC NEWS | Middle East | All quiet on the Syrian front

sexta-feira, 14 de julho de 2006

Sony Reader Video Review by PC Magazine

Um vídeo muito interessante que mostra o leitor de livros electrónicos da Sony.

Sony Reader Video Review by PC Magazine

Um balão no espaço




A empresa Bigellow Aerospace conseguiu colocar um satélite insuflável no espaço. Este satélite serve de prova de conceito para o que poderá vir a ser um hotel no espaço. A vantagem desta infraestrutura está no tamanho reduzido do pacote a enviar para o espaço, reduzindo os custos de colocação em órbita. O objectivo da empresa é vir a disponibilizar um hotel no espaço composto de vários módulos insufláveis. O transporte dos turistas seria da responsabilidade de outros operadores, como a Virgin Galactic. No fundo o mesmo modelo que temos actualmente, mas aplicado ao turismo espacial.

BBC NEWS | Technology | Inflatable space module puffs up

BBC NEWS | Middle East | Lebanese fear Israel's offensive

Interessantes testemunhos de libaneses sobre as actuais acções de guerra entre Israel e o Hezbollah:

BBC NEWS | Middle East | Lebanese fear Israel's offensive: "Lebanese fear Israel's offensive
Israel is continuing an air, sea and land blockade on Lebanon as part of a major offensive to press for the release of two Israeli soldiers captured by Hezbollah militants.

After the bombing of Beirut's international airport, people across the city spoke to the BBC News website about their fears for the future."

quinta-feira, 13 de julho de 2006

Controlo mental - ciborgues à distância de um pensamento


Esta notícia da BBC é perfeitamente bombástica. Um grupo de investigação conseguiu implantar um sensor directamente no cérebro de um tetraplégico que lhe permitiu ter controlo sobre alguns elementos externos. Conseguiu interagir com um computador, movendo o cursor do rato para por exemplo abrir o correio, mas também conseguiu abrir e fechar luzes e movimentar uma prótese de uma mão. Existem ainda uma série de problemas a resolver, e o sensor só funcionou em um de dois pacientes em que foi implantado, mas as possibilidades são imensas. É óbvio que esta tecnologia deve ser aplicada primeiro em pessoas com limitações físicas, mas nada impede que no futuro uma tecnologia semelhante venha a ser utilizada em pessoas sem impedimentos físicos como forma de mais facilmente interagir com um computador ou com os dispositivos de domótica da sua casa. Consigo desde já imaginar um conjunto de aplicações fantásticas. Acender e apagar luzes com um pensamento e há medida que nos deslocamos pela casa, claro. Trancar e destrancar a porta de casa, deixando de ser necessário utilizar chaves que se perdem. Receber informação diversa de sensores pela casa fora. Embora para isto fosse necessário que o sensor fosse bidireccional- Desconfio que para isso seria necessário não só um sensor deste género como uma outra interface que permitisse comunicação para dentro do cérebro. No último livro que li, "The Reality Dysfunction" de Peter F. Hamilton é descrita a utilização de uma tecnologia designada por nanonics, algo que não é bem explicado mas que seria um conjunto de implantes electrónicos no corpo e/ou cérebro. Pelo nome seriam implantes extremamente diminutos.

As utilizações estão pensadas, agora só falta conseguir concretizá-las. Vai ser preciso esperar um bom bocado.

BBC NEWS | Health | Brain sensor allows mind-control

Como comprar no eBay de forma segura

Nos últimos tempos tenho feito alguns bons negócios no eBay. Quando conto isto às pessoas, a maior parte pergunta logo sobre os riscos de fazer pagamentos pela internet. Eu uso um método que considero extremamente seguro. Todos os pagamentos que faço aos vendedores são através do PayPal, o sistema de pagemento criado pela eBay. À partida este método só por si já garante alguma segurança. Isto porque o vendedor recebe o pagamento da PayPal, nunca tendo acesso aos dados do meu cartão de crédito. Portanto o vendedor não pode utilizar os dados do meu cartão de crédito de forma abusiva. Mas sobra um outro risco que é o de a própria PayPal ter uma quebra de confiança e algum pirata informático ter acesso aos dados do cartão de crédito. Mas isto não me preocupa de maneira nenhuma pela simples razão de que eu faço os pagamentos com cartões de crédito temporários criados através do sistema MBNet. Tipicamente crio cartões de crédito com um limite de crédito de 1 ? acima do valor que espero ter de pagar e com o prazo de validade de 1 mês. Isto significa que depois de a PayPal fazer o pagamento através do cartão de crédito temporário, um pirata informático que se apoderasse dele tinha menos de 1 mês para utilzar 1 ?, o restante saldo.

quarta-feira, 12 de julho de 2006

Ciborgues à vista

Actualmente está em investigação uma tecnologia que permitiria recuperar a visão a pessoas que sofram de alguns tipos específicos de cegueira. A tecnologia baseia-se num chip que seria implantado no olho. Mas o que me chamou a atenção foi o penúltimo parágrafo da notícia:

"Beyond where we are today it might be possible to make smart chips which have memory in them which would allow action replay and slow motion."

O que poderia ser muito útil a muita gente. Por exemplo, a árbitros.

A mim parece-me claro que no futuro as pessoas farão implantes de todo o tipo para aumentarem as suas capacidades profissionais e desportivas e ultrapassarem limitações.

BBC NEWS | UK | Scotland | Glasgow and West | Scientists seek to restore sight

De facto... afinal como é que se chega à felicidade?




Este artigo da BBC faz referência a um estudo feito pelo think tank New Economics Foundation, cujo objectivo era determinar os índices de felicidade dos países a nível mundial. Chegaram à conclusão de que a nação mais feliz da Terra é Vanuatu. Vanuatu é um pequeno país do Pacífico Sul cuja economia se baseia na agricultura e no turismo. Não há indústria e o consumismo parece não fazer ainda parte da cultura vanuatuniana. A conclusão a que o estudo pretende chegar é que o actual modelo dos países ocidentais, que se baseia na maximização do Produto Interno Bruto, não será o melhor caminho para a felicidade. E tem ainda um outro inconveniente. É que não é ambientalmente sustentável. Como exemplo referem que se os níveis de consumo global anual fossem equivalentes aos do Reino Unido, seriam precisas 3,1 Terras para os sustentar.

Ao ler artigos deste género começo logo a sonhar com uma pequena empresa de táxi aéreo entre ilhas de um arquipélago do Pacífico, em que a vida é vivida dia a dia, com períodos de descanso entre serviços, na praia, a fazer desporto e ler livros (uma adaptação do filme "6 dias, 7 noites").

É claro que também me parece que uma parte de toda esta felicidade é sustentada pelo turismo. Ora sendo esse turismo pago por pessoas como eu (mais ou menos), que trabalham e vivem de acordo com o modelo infeliz e ambientalmente insustentável, rapidamente chegamos à conclusão de que a felicidade dos vanuatianos só será possível à custa de uma boa dose de infelicidade dos seus turistas. Talvez. Às vezes é melhor não pensar demasiado nas coisas.

BBC NEWS | Science/Nature | Happiness doesn't cost the Earth:
Retail therapy will not bring happiness, according to the study
People can live long, happy lives without consuming large amounts of the Earth's resources, a survey suggests."

Turismo em Vanuatu

Um olho no burro, outro no cigano

A criança já tinha feito cocó o que era óbvio pelo cheiro que lhe vinha das fraldas. Apesar disso tinha trazido o redutor da sanita, colocara-o e insistia que queria fazer cocó. Dada a insistência e visto que os pais estavam a tentar que ele deixasse as fraldas, o pai, que estava sozinho com o menino, decidiu fazer-lhe a vontade. Com muito cuidado tirou-lhe a fralda completamente borrada e sentou o menino bem centradinho no redutor.

- O papá vai só deitar a fralda, está bem? Não saias daí.
- Quim - respondeu a criança

Dez segundos depois o pai estava de volta. Lançou um grito jogando as mãos à cabeça ao ver que o menino já não estava correctamente sentado. Tinha-se chegado para o lado, colocando uma das bochechas no assento. Correu para a criança e sentou-a correctamente. O assento estava agora bem barrado de merda.

- Oh filho, o pai tinha-te dito para ficares sentado... - dizia o pai numa lamúria e olhando a criança nos olhos. Foi então que reparou que o menino tinha apoiado a mão sobre a superfície borrada.

- NÃO!!! - gritou o pai novamente, agarrando na mão da criança - não podes pôr a mão ai, tá sujo!!!

A criança começou a fazer beicinho, num início de choro que já fazia rolar grossas lágrimas. Acto contínuo leva a mão suja à boca

- AAAAAAAAAAAHHHH - gritava o pai desesperado, tirando-lhe a mão da boca. O beicinho estava prestes a tornar-se num choro arrasador, pelo que o pai mudou rapidamente de expressão para um sorriso forçado.

- Não chora, bebé, pronto, não chora. Desculpa, desculpa, o papá dá beijinho.


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Isto aconteceu-me ontem à tarde

segunda-feira, 10 de julho de 2006

Grazie, Italia!

Obrigado Itália!!! A Itália fez o que nós não conseguimos fazer e pôs os franceses no seu devido lugar... aparentemente o segundo. E a França voltou a marcar apenas por penalti. Ao que parece é a única maneira que sabem de marcar (vamos ignorar os outros que eles marcaram sem ser por penalti, não são relevantes para este texto).

Mas fiquei com pena por o Zidane ter sido expulso no seu último jogo pela selecção. E por vermelho directo. É algo que não se adequa nada à imagem que tinha dele. Embora tenha de admitir que nunca li grande coisa sobre ele. Quanto à França acho que vai ter de engolir todo o seu orgulho e bater a bola baixinho nos próximos tempos. Especialmente aquele porcalhão do Domenech!

BBC NEWS | Europe | Italian joy at World Cup victory

My Comics Page -- Favorite Comics






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sexta-feira, 7 de julho de 2006

Faça desporto e beba muita água

A semana passada fiz umas análises de controlo e hoje fui mostrar os resultados ao médico. Aparentemente estou bastante saudável, tenho só uma tendenciazinha para o colesterol. O meu ritmo cardíaco também podia ser um bocadinho mais pausado, mas nada de alarmante. O médico disse que o meu coração no nível que estava indicava um coração que não estava muito bem para quem faz desporto ou, alternativamente, um coração bastante bem para quem não faz desporto. Feliz ou infelizmente trata-se do segundo caso. E porque é que eu não faço desporto, é por causa de falta de tempo? Na realidade não. É mais uma questão de falta de organização. Com o miúdo é preciso organizar a vida familiar de maneira a que quer eu quer a minha mulher possamos fazer desporto. Na realidade não é nada de extremamente complicado, basta alternarmos os dias em que cada um faz o seu desporto. Mas existe uma inércia qualquer que nos impede de avançar para uma solução. No meu caso que desportos podia fazer? Desportos de equipa é complicado. O típico jogo de futebol de amigos não só é difícil de organizar nesta fase da vida, como seguramente não excede 1 jogo por semana. Para que o exercício sirva de alguma coisa é preciso uma regularidade de 3 vezes por semana no mínimo. Que mais desportos poderia fazer? Correr? Uma seca. Surf? Só se estivesse desempregado. Leva montes de tempo e é muito dependente das condições meteorológicas. Natação? Uma seca. BTT? Olha, era uma ideia. E pensando bem, a corrida também podia ser. Acho que para mim, a diferença entre um destes desportos ser divertido ou uma seca prende-se unicamente com o factor competição. Quando eu fazia natação notei alterações muito positivas no meu corpo mas a verdade é que era extremamente aborrecido. Nadava sozinho e não tinha pontos de referência que me dessem metas. Acho que para conseguir manter o interesse na corrida e BTT vou ter de comprar um pedómetro e um computador para a bicicleta (já para não falar da bicicleta), estabelecer um percurso e depois entrar num ciclo de melhoria dos tempos. Ou aumento das distâncias.

Mas tenho é de fazer desporto... e beber muita água.

P.S.: Textozinho interessante, hein?

quinta-feira, 6 de julho de 2006

E se não houvesse vizinhos?

Ao ler esta notícia sobre os lançamentos de mísseis feitos pela Coreia do Norte lembrei-me da questão dos vizinhos. Já pensaram (vocês que eventualmente estejam a ler este texto), que muitas vezes a vida seria muito mais simples sem vizinhos? No caso do Japão tenho a certeza de que eles de bom grado apagariam a Coreia do Norte da face do planeta. Quem é que gostaria de ter como vizinho um louco armado com armas nucleares e com misseis capazes de atingir o nosso país? Provavelmente, e se pudessem escolher, também eliminariam a Coreia do Sul... e uma boa parcela da China. Desta forma acederiam sem limitações às reservas de gás natural no Mar do Japão, que tanto jeito dão nos dias de hoje. É claro que por outro lado a Coreia do Sul deve ser um bom parceiro comercial, especialmente tendo em conta o apetite deste país pela electrónica... por outro lado ainda, a indústria da tecnologia de consumo sul coreana parece-me muito mais pujante que a japonesa. Especialmente tendo em conta o actual estado de estagnação da economia japonesa. É complicado.

No meu caso as coisas são bem mais simples, não há propriamente questões de competição económica nem uma ameaça física real. Mas se pudesse escolher acho que erradicaria o meu vizinho de cima da face da Terra. Para já o meu prédio tem muito má insonorização e oiço imenso barulho vindo de cima. Como não serviria de nada apagar a existência do construtor, teria de ser mesmo o vizinho. Para além disso este vizinho é um daqueles indivíduos baixinhos que sentem uma necessidade constante de se afirmarem. É muito enervante conversar com ele porque mesmo que não tenha nada para dizer começa a falar por cima das outras pessoas. É por demais irritante. Mas felizmente tenho de interagir pouco com ele. Mas a gota de água foi quando recebi uma carta da administração recentemente para retirar umas caninhas que tinha colocado a vedar a grade de protecção da varanda, uma vez que esta só por si não impede o meu filho de cair do quinto andar. Segundo a carta da administração teria sido feita uma queixa por escrito porque as caninhas alteravam a fachada. E quem fez a queixa foi o filho da puta do meu vizinho de cima. Ai se Deusnóss'senhor o levasse...

BBC NEWS | Asia-Pacific | N Korea vows more missile tests
"North Korea has confirmed that it has test-fired a series of missiles and said it would continue launching them."

quarta-feira, 5 de julho de 2006

Espião italiano detido em ligação com os voos da CIA

Um responsável dos serviços de informação italianos foi detido em Itália. Alegadamento terá estado envolvido no processo ilegal de extradição de um suspeito de terrorismo para o Egipto para interrogatório que teria envolvido tortura.

Vejo duas coisas interessantes nesta notícia. A primeira é que em Itália a mudança de Governo parece indicar também uma mudança real na postura relativamente à chamada "Guerra contra o terrorismo". Aparentemente o Governo de Prodi está menos disposto em embarcar na onda Bushiana do desrespeito pelos Direitos Humanos. Seria muito mais fácil não terem detido ninguém e dado apenas indicações internas para não serem permitidos mais voos e sessar esse tipo de colaboração. O facto de terem detido já uma pessoa e terem mais 22 mandados de captura é um bom indicador da posição do governo.

A segunda coisa interessante que a notícia refere é a já esperada não colaboralação do Governo Norte-Americano relativamente aos mandados de captura emitidos pelas autoridades italianas. É só mais um elemento que demonstra a falta de respeito dos EUA relativamente aos mecanismos legais internacionais.

BBC NEWS | Europe | Italy spy held over 'CIA kidnap': "Italy spy held over 'CIA kidnap'
US military base in Aviano, northern Italy
Mr Hassan says he was flown to Germany and then to Egypt
A top Italian intelligence officer has been arrested in connection with the alleged CIA kidnapping of a terror suspect from a Milan street in 2003."

segunda-feira, 26 de junho de 2006

Portugal é campeão mundial de futebol robótico

No Campeonato do Mundo de Futebol da FIFA ainda agora passámos os oitavos de final. Mas o campeonato de Futebol Robótico já acabou e conseguimos um primeiro e um segundo lugares. É uma boa vitória, mas sinto que ainda falta muito para que esta versão robotico-informática seja realmente uma simulação do que se passa no futebol real. Por exemplo, no futebol robótico não há cartões amarelos ou vermelhos, entradas duras, agressões com o jogo parado, etc. Para que este desporto possa um dia vir a ser de massas os investigadores terão de apimentar um pouco mais as interacções dos robots.

PortugalDiário - A informação actualizada ao minuto: as últimas notícias do país e do mundo.

P.S.: Nisso os robots e as mulheres são muito parecidos. Nos jogos de futebol feminino há muito pouca porrada.

quarta-feira, 21 de junho de 2006

Países visitados

Numa visita ao blogue da Vermelhinha encontrei este sítio onde se pode gerar um mapa mundo com todos os países visitados. Bestial. Nunca me tinha dado ao trabalho de contar mas parece que já visitei 17 países (16 se excluirmos Portugal), ou seja, 7% dos países. Não tá mal.

Só fico chateado por nunca ter visitado a Ásia, mas ainda tenho tempo.



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quinta-feira, 8 de junho de 2006

Segway em Portugal


Hurra!!!

Já é possível alugar ou comprar Segways em Portugal. Ainda é um bocado caro, mas quem quiser experimentar este maravilhoso conceito de locomoção já o pode fazer mais ou menos por todo o país. Bom, talvez não por todo o país, mas também não é só em Lisboa e no Porto. Em Oeiras alugam o modelo mais básico por 180 €/dia aos dias de semana. Fim-de-semana e feriados é mais caro.

Segway Portugal
AWS - SEGWAY (Oeiras)

terça-feira, 6 de junho de 2006

666

Há p'rái uns energúmenos a dizer que hoje é o Dia da Besta, porque hoje é 6 de Junho de 2006 (6/6/6). O racional por trás desta afirmação é de uma imbecilidade a toda a prova. Primeiro porque já houve um dia que que seria muito mais fácil defender poder ser o Dia da Besta. O dia 6 de Junho do ano 6 da Graça do Senhor, pois claro. E que eu saiba não aconteceu nada de especial. Isto é, devem ter acontecido as maiores barbaridades, mas imagino que não tenham sido muito diferentes das dos dias 5 e 7 de Junho do mesmo ano.

É claro que para se poder dizer que hoje é o Dia da Besta é preciso usar a representação d/m/a, que ninguém usa. O mais parecido que se usa é d/m/aa, e nesse caso teríamos 6606, o que não é o Número da Besta. Mas se quisermos ser aldrabões, excluindo o dia de hoje já houve 200 potenciais Dias da Besta. Basta contabilizar todos os anos terminados em 6 e ignorar os restantes números. Ou seja, o ano 6, 16, 26, etcetera até 1996 (podem confiar em mim, são 200 dias, simulei no Excel. Também dava para chegar lá fazendo as contas mas não me apeteceu).

Olhem, sabem que mais? Amanhã falamos.

Bah!

P.S.: Palhaços!

segunda-feira, 5 de junho de 2006

Concepção Inteligente

A Concepção Inteligente (Inteligent Design (ID)) é uma corrente pseudo-científica e neo-Creacionista que defende que a Teoria da Evolução é um disparate e que a realidade é que Deus criou tudo o que conhecemos. É claro que pela minha parte considero que esse movimento não passa de uma manobra politico-religiosa para tentar forçar o ensino da Criação nas escolas norte-americanas.

Portanto foi com grande surpresa e choque que me ocorreu uma ideia que sustenta a hipótese de uma concepção inteligente, pelo menos no que diz respeito ao corpo humano. Um dos princípios da ID é a designada "complexidade irredutível" (Irreducible complexity). Segundo este princípio, um sistema irredutivelmente complexo é aquele que não poderia funcionar se fosse mais simples do que na realidade é. Se percebi bem a ideia, se por exemplo o corpo humano funciona hoje como funciona e aceitarmos que não poderia funcionar igualmente se fosse mais simples, então isso constitui prova de que não é possível que o corpo humano tenha evoluído de uma versão mais simples. Caso contrário a versão inicial nunca teria funcionado. Isto a mim, e na minha infinita ignorância, parece-me um argumento completamente imbecil, porque obviamente o organismo mais simples dos nossos antepassados não desempenhava as mesmas funções da mesma forma. Mas pronto, eles lá acham que é um argumento válido.

Mas como tinha referido, ocorreu-me hoje ao dar sangue que pelo menos uma opção relativamente ao corpo humano parece indicar ter sido pensada para cumprir uma função específica que não poderá ser justificada por um processo evolutivo e de selecção natural, porque pura e simplesmente representa um perigo para qualquer pessoa. Estou a falar das veias à flor da pele, como é o caso das que temos nos braços e são utilizadas para dar sangue. Uma veia exposta representa um perigo porque se for rasgada num ataque resultará numa perda massiva de sangue . Portanto, se houvesse antepassados dos humanos que tivessem menos veias e artérias expostas, estariam em condições de sobreviver mais facilmente a ataques de animais selvagens ou de elementos de grupos rivais. Portanto é aceitável considerar os nossos antepassados nestas condições se tivessem reproduzido com mais sucesso, propagando os genes que dão origem a veias menos expostas. E ninguém poderá argumentar que as veias eram necessárias para fazer transfusões de sangue entre australopitecus. Nem parece haver nenhuma justificação evolutiva para esta característica de algumas veias. Mas hoje são necessárias para fazer transfusões e as hemodiálises e todas as outras coisas para as quais dá jeito ter as veias à vista. O que nos poderia levar a pensar que alguém com uma visão mais informada das necessidades dos humanos do futuro (o nosso tempo actual) tivesse achado que viríamos a beneficiar desta característica e que por essa razão nos teria concebido desta forma.

P.S.: Porra, nem acredito no tempo que perdi a escrever esta parvoíce

Mundial 2006 - más notícias para Portugal

Aparentemente a FIFA comunicou aos árbitros (in no uncertain terms) que se não pusessem em práticas as directivas da FIFA no que diz respeito a:
  • cotoveladas

  • entradas perigosas (ai o Petit e o Costinha)

  • puxar camisolas

  • perdas de tempo

  • mergulhar para o chão (ai jesus, estamos feitos!)

  • utilização de jóias

  • problemas nas barreiras

  • atitude em relação à equipa de arbitragem (pelo menos o João Pinto já não joga)


As coisas foram postas em termos muito claros. Se os árbitros não castigarem adequadamente as situações dentro destes oito tipos, podem ir preparando as malas porque dificilmente arbitram um segundo jogo.

Estamos perdidos!!!

BBC SPORT | Football | World Cup 2006 | Failing World Cup refs face axe: "Failing World Cup refs face axe
By Owen Phillips

Keith Hackett
Hackett says referees will know where they stand in Germany
Referees' chief Keith Hackett says officials who fail to implement Fifa's eight-point hit-list will be ruthlessly dealt with at this summer's World Cup."

Assim é que é!

Esta malta na Palestina é que sabe resolver os problemas. Ai a televisão é tendenciosa em favor da Fatah? O pessoal do Hamas juntou-se, foram lá a partiram aquela merda toda a tiro de metralhadora! Pelo menos ninguém se aleijou.

BBC NEWS | Middle East | Hamas gunmen storm Gaza TV studio: "Hamas gunmen storm Gaza TV studio
Breaking news graphic
Armed supporters of the Palestinian governing party Hamas have stormed a TV office in Gaza, complaining of bias towards the rival Fatah party."

Dádiva de sangue



E pronto, lá dei sangue mais uma vez. Detesto dar sangue. Não me faz impressão nenhuma ver a agulha a espetar, mas enerva-me estar ali a sentir a agulha no braço. Nunca me apetece activar a circulação abrindo e fechando o punho. E como tenho a tensão baixa leva imenso tempo a encher a trampa do saco. E ainda por cima não nos deixam fechar os olhos porque se o fazemos não sabem se estamos a dormir ou a desmaiar. Só me apetecia tirar a agulha do braço e fugir a correr.

Instituto Português do Sangue

quinta-feira, 1 de junho de 2006

Terá Moore metido a pata na poça?


Michael Moore, o controverso realizador norte-americano, foi processado por um veterano de guerra do Iraque que perdeu ambos os braços num acidente no Iraque, por "alegadamente" Moore ter usado imagens suas no filme Farnenheit 9/11 sem sua autorização e descontextualizadas. Como estamos a falar dos EUA, trata-se de um processo de 85 milhões de dólares. Como é que eles chegam a estes valores?

BBC NEWS | Entertainment | Director Moore sued by US soldier:

"Moore's film won the Palme D'Or in 2004
A US war veteran is suing film-maker Michael Moore for $85m (£45m), alleging TV clips of him were used without his consent in documentary Fahrenheit 9/11."

quarta-feira, 31 de maio de 2006

Património da Humanidade


Da única vez que fui ao Museu da Ciência em Londres vi uma coisa que achei fabulosa. Um girassol conservado em glicerol, um líquido transparente a uma temperatura extremamente baixa. O girassol parecia vivo. Conservava as suas cores vívidas tal como no dia em que fora colhido. Achei fenomenal.

Ao ver mais um filmezinho de um discurso de George W. Bush lembrei-me que este homem, com a sua carinha, a sua figurinha e as sua expressõezinhas são algo que devia ser conservado para a eternidade. Tal como está hoje. Propunha portanto que se aplicasse a mesma técnica ao actual Presidente dos EUA. O seu corpo podia ser exposto num museu da ciência com um monitor integrado onde se pudesse ver o presidente nos seus melhores momentos, que eu considero imperdíveis.

terça-feira, 30 de maio de 2006

As mulheres e os submarinos

Hoje comprei o Público para ler à hora do almoço e reparei num pequeno artigo em que se dizia que a Marinha passará a permitir a paricipação de mulheres nas forças de submarinos. Aparentemente os novos submarinos já dispõem de condições que permitem a manutenção de uma tripulação mista garantindo certas condições de decoro que possivelmente não seriam possíveis no velhinho Barracuda. E é claro que com a minha mente lúbrica, a primeira visão que me veio à cabeça foi a de um submarino novinho em folha a colidir com os pilares da Ponte 25 de Abril porque toda a tripulação estaria envolvida num gigantesco bacanal. É triste, eu sei. Podia estar aqui a esmiuçar a história da Marinha Portuguesa e a a vitória que é para a igualdade entre os sexos podermos ter marujas nas nossas frotas de submarinos e qual é a primeira coisa que me vem à cabeça? Práticas sexuais de grupo com mulheres voluptuosas de fardas justinhas e sem roupa interior, uma versão militar daquelas fardas de enfermeira com sainha muito curtinha e com o comandante da embarcação sempre a deixar cair objectos para que as marujas se dobrem para os apanhar expondo assim os seus recatos aos olhares dos marinheiros sedentos de sexo...

terça-feira, 23 de maio de 2006

Se. O Caos e a Incerteza

Um dos factores que mais caracterizam a nossa sociedade dos dias de hoje é a quantidade de informação que temos disponível e ao alcance das nossas mãos. No entanto e apesar do manancial de informação de que dispomos continuamos a viver num mundo de incerteza. Apesar de sermos capazes de datar com precisão uma relíquia com milhares de anos encontrada em escavações arqueológicas, apesar de termos já deslindado todo o genoma humano, continuamos perante a incerteza em coisas tão actuais como um conjunto de crimes de pedofilia praticados durante anos a fio e sobre dezenas de crianças. Perante o nosso sistema judicial que se baseia na premissa de que um acusado é inocente até prova em contrário, e que, justiça lhe seja feita, é a única premissa aceitável, o mais que podemos fazer é observar o desenrolar dos processos judiciais e no fim aceitar a sentença que deles resultar. Uma vez que ainda não encontrámos melhor sistema, não podemos fazer mais que viver perante a incerteza que nos proporciona o conhecimento das fraquezas do sistema em vigor. Se o acusado for considerado culpado, mais não podemos fazer que esperar que ele realmente o seja. E se for inocentado é esperar com mais força ainda que a decisão esteja correcta. Mas é bem sabido que culpados foram já inocentados e inocentes condenados. Sendo claro que destas duas é a segunda a mais extraordinária e inaceitável. Mas esta incerteza reina em muitos outros quadrantes da nossa existência. Por exemplo, relativamente ao estado da economia. É impossível prever com grau de certeza razoável como se irá comportar a economia no futuro. E é também impossível analisar com credibilidade as causas e as responsabilidades do mau estado da economia de hoje. Será que se os nossos governantes tivessem sido outros, Portugal poderia estar hoje melhor do que está? Será que se as decisões tivessem sido diferentes a situação seria outra? A verdade, e para mim está é uma verdade incontornável e irrefutável, a verdade dizia eu, é que nunca saberemos. É uma tese minha que na história não há "ses". Por mais cenários que possamos traçar, a verdade é que nunca será possível determinar com um grau mínimo de razoabilidade o que se teria passado se algo tivesse sido diferente. As hipóteses são tremendas, incontáveis, imensuráveis. O Mundo, o sistema solar, a galáxia e a própria Existência, todos interagem com graus diferentes de proximidade, todos giram num caos de possibilidades. Cada ínfima partícula de nós, do ar que nos rodeia e respiramos, do chão que pisamos, cada neurónio dos nossos cérebros, se combinam de uma forma que não podemos prever e influenciam cada uma das nossas acções. As nossas experiências passadas, as decisões das pessoas que nos rodeiam, cada obstáculo que se nos apresenta, tudo molda o nosso futuro de maneira imprevisível. A cada momento poderíamos dizer Alea jacta est, os dados estão lançados, nada está nas nossas mãos.

segunda-feira, 22 de maio de 2006

Água quente com microondas

Este artigo avalia a viabilidade de aquecer as águas sanitárias de uma casa com um aparelho de microondas. A hipótese parece interessante mas seria útil uma comparação com os custos de aquecer a água com um esquentador ou uma caldeira. Estes tipos dizem que têm um aparelho de microondas para essa utilização, mas tendo em conta a falta de informação que disponibilizam fico na dúvida se o aparelho existirá mesmo.



Heating Homes With Microwaves

Ok, isto é realmente assustador. Está a ser investigada a hipótese de utilizar emissores de microondas para aquecer casas. A ideia é aquecer as pessoas em vez de aquecer o ar, o que levaria a grandes poupanças de energia. As microondas podiam ainda ser utilizadas para acender lâmpadas, levando a mais poupanças de energia. Mas existem ainda muitas dúvidas relativamente à segurança deste sistema e mais ainda em relação à aceitação da tecnologia por parte do grande público. Pela minha parte tinham de me provar muito bem provadinho que não não ficava cozinhado antes de eu instalar um sistema destes em casa. Cou ou sem poupanças de energia.

Heating Homes With Microwaves

quarta-feira, 17 de maio de 2006

Ah ganda Carrilho


Este Carrilho é cá dos meus. Eu também não sei perder. Acho que nunca iria tão longe ao ponto de escrever um livro culpando toda a gente por uma derrota minha, mas é bem verdade que saber perder não é uma das minhas características.

Sob o Signo da Verdade (na FNAC)
Página "institucional"

P.S.: Mesmo partilhando defeitos de carácter, vivesse eu em Lisboa e não teria votado na figura.

terça-feira, 16 de maio de 2006

BBC NEWS | Asia-Pacific | 'Abuse rife at Aborigine camps'

Esta artigo sobre os actos indescritíveis que se têm passado entre tribos aborígenes leva a perguntas possivelmente sem resposta:
- Como é que se chegou a esta situação?
- O que é que se pode fazer para interromper este ciclo de violência desumana?

Uma discussão interessante que pode ser acompanhada aqui.

BBC NEWS | Asia-Pacific | 'Abuse rife at Aborigine camps':
By Phil Mercer
BBC News, Sydney

"Aborigines in the bush
Aborigines are Australia's most disadvantaged community
A leaked report in Australia has detailed horrific levels of sexual abuse in remote Aboriginal communities, including the rape of a baby."

"O Código de Da Vinci" une as religiões

De tanta coisa que já se disse acerca do livro e agora sobre o livro, esta é provavelmente a mais bombástica. Na Índia, a comunidade islâmica juntou-se à católica contra o filme baseado no livro de Dan Brown. Segundo os representantes muçulmanos, o Corão reconhece Jesus como um dos profetas, pelo que o conteúdo do livro é uma blasfémia. E curiosamente, um dos representantes muçulmanos afirma que estão dispostos a fazer protestos violentos se for permitida a exibição do filme. Já um activista católico entrou em greve da fome que está disposto a levar até à sua morte, enquanto o filme for exibido na Índia. Apesar de tudo prefiro a postura do católico.

Felizmente que nem toda a gente é fanática. O organismo indiano que define a classificação dos filmes permite a sua exibição desde que os produtores do filme concordassem em introduzir uma nota no início sublinhado o seu carácter ficcional. No entanto o filme será classificado como para adultos... porque contém uma cena de auto-flagelação e outra de nudez parcial. Gostava de saber se utilizam os mesmos critérios para os restantes filmes. Convém realçar que deste organismo fazem parte elementos católicos, entre os quais um reverendo, que não se opuseram à sua exibição. O que dá uma certa nota de razoabilidade à coisa.

BBC NEWS | South Asia | Muslims join Da Vinci criticism: "Muslims join Da Vinci criticism
Audrey Tautou and Tom Hanks in The Da Vinci Code
Audrey Tautou and Tom Hanks star in The Da Vinci Code film
Roman Catholics in the Indian city of Mumbai (Bombay) have received Muslim support in protests against the release of the movie, The Da Vinci Code."

segunda-feira, 15 de maio de 2006

O Artigo 51, a iminência e a prevenção

Após o 11 de Setembro, os EUA adoptaram uma nova postura de auto-defesa em que se auto atribuem o direito de atacar qualquer país de forma preventiva desde que considerem que existe uma ameaça contra si ou os seus cidadãos. Esta postura foi utilizada para justificar a invasão do Iraque e depor Sadam, tendo-se como é sabido, vindo a demonstrar que tal ameaça não existia e que, na melhor das hipóteses isto se deveria a erros por parte dos Serviços de Informação. Até hoje ainda não se chegou a um consenso internacional no que diz respeito à legalidade da invasão, mesmo partindo do pressuposto de que terá havido um erro "legítimo" na avaliação da ameaça por parte do Iraque. E a discussão mantém-se actual devido à crise do nuclear iraniano. Será que um ataque ao Irão seria justificável ao abrigo do Artigo 51 da Carta das Nações Unidas. Bem, a maioria parece achar que não, mas como sabemos o que conta é o que os EUA decidem ser os seus interesses, e infelizmente ninguém pode fazer nada para o impedir. Este artigo apresenta os diferentes argumentos acerca desta questão.

Mas ao ler sobre este assunto surgiu-me uma questão perfeitamente académica. Se os EUA iniciassem movimentações militares para se posicionarem para um eventual ataque ao Irão, teria ou não este argumentos legítimos para atacar solo norte-americano com armas nucleares? Quer-me parecer que sim. É claro que isto seria um suicídio, mas o Irão poderia decidir que na impossibilidade de ganhar uma guerra contra os EUA e na certeza de que os seus civis seriam vítimas de um ataque norte-americano, deviam causar o máximo de danos possíveis aos EUA como forma de enfraquecer a sua força. A melhor forma de o fazer seria não com ataques de mísseis, que teriam um efeito reduzido ou nulo devido às capacidades anti-mísseis dos EUA, mas sim com um conjunto de ataques suicidas com recurso a armas nucleares auto-transportáveis sobre um conjunto de alvos estratégicos. E seria este ataque legítimo? Face à política declarada de ataques preventivos dos EUA(preemptive atacks), ao seu poderio militar e às demonstrações recentes de que estão dispostos a pôr essa política em prática, seriam os próprios EUA a legitimar o ataque.

BBC NEWS | Middle East | Would an attack on Iran be legal?: "Would an attack on Iran be legal?
By Paul Reynolds
World Affairs Correspondent, BBC News website

As diplomatic attempts continue in the UN Security Council to get Iran to suspend its nuclear enrichment activities, the question has been raised about an American attack on Iran and whether it would be legal under international law."

sexta-feira, 12 de maio de 2006

Mais olhos que barriga


Este caso parece ser a prova acabada de que ter mais olhos que barriga pode ser muito mau para a saúde. Uma cobra piton tentou engolir um aligator nos Everglades da Florida e explodiu(!). É absolutamente extraordinário...

BBC NEWS | Americas | Snake bursts after gobbling gator

quinta-feira, 4 de maio de 2006

A casa do Zacarias




Uma descrição interessante do complexo prisional onde o Zacarias vai passar o resto dos seus dias. Quem ache que a morte é pior castigo talvez queira reconsiderar.

BBC NEWS | Americas | 'Supermax' prison awaits Moussaoui: "Supermaxes are the highest security lock-ups in the US. Zacarias Moussaoui looks set to live out the rest of his days in a super-maximum security Colorado prison, dubbed 'the Alcatraz of the Rockies'."

Uma vida pela frente


Contrariamente às minhas expectativas, Zacarias Moussaoui não foi condenado à morte mas sim a prisão perpétua. Parece-me que esta solução é melhor. Condená-lo à morte seria fazê-lo atingir um dos seus objectivos principais e serviria apenas para que fosse utilizado como um mártir para motivar mais muçulmanos a seguir-lhe os passos. O que eu não sabia era que ele sofria de perturbações psicóticas... embora talvez essa seja uma característica comum a esses fanáticos.

BBC NEWS | Americas | Moussaoui faces life over 9/11: "Zacarias Moussaoui remained defiant as he was led from court
Al-Qaeda plotter Zacarias Moussaoui is to be formally sentenced to life in jail without the possibility of parole for his role in the 9/11 attacks."

quarta-feira, 3 de maio de 2006

O mistério do urinol da esquerda

Na casa de banho que costumo utilizar aqui no trabalho acontece um fenómeno estranho mas garantido. A casa de banho dispõe de dois urinois. Vamos designá-los por conveniência por "urinol da esquerda" e "urinol da direita". Eu costumo utilizar o da direita, não por convicção política, muito pelo contrário, mas porque por alguma razão me sinto mais confortável nesse do que no outro. Não sei se tem alguma coisa a ver com os tempos eventualmente excessivos que passei a jogar Quake e Doom e outros jogos do género em que estar perto de uma esquina virado para o lado errado podia ser fatal. É que o urinol da esquerda fica logo ao lado da porta, enquanto que o da direita fica entre o da esquerda e uma parede. Assim, se por exemplo entrar um ninja pela porta, tenho muito mais tempo para reagir. Se estiver sozinho na casa de banho posso por exemplo virar-me rapidamente e mijar-lhe para os olhos. Deve arder, porque segundo julgo saber, a urina tem qualidades desinfectantes. Se estiver alguém no urinol da esquerda posso usá-lo como escudo contra os shuriken. Bom, mas depois de toda esta introdução ia-me esquecendo do mistério do urinol da esquerda. É que já desde há muito tempo que venho notando que tipicamente aquele urinol foi usado sem que puxassem o autoclismo, enquanto que o da direita costuma ter a água limpa no fundo. Uma das teorias que tenho para justificar isto tem unicamente a ver com probabilidades. Tem-me parecido que a maior parte dos utilizadores preferem usar o urinol esquerdo. Como há uma grande parte que não usa o autoclismo, o da esquerda fica sujo e o outro não. Porque é que eles preferem o da esquerda ao da direita? Se calhar porque são preguiçosos. Como aquele é o que fica logo ao lado da porta, é o que usam. É claro que para mim isso é como andar sem cinto de segurança. Na esmagadora maioria das vezes o cinto não faz falta, mas quando é preciso convém mesmo estar posto. Sempre quero ver quando um dia estiverem a mijar e lhes entrar um terrorista pela porta. O último pensamento que vão ter vai ser que deviam ter utilizado o urinol da direita.

segunda-feira, 24 de abril de 2006

O pecado da net

A Clitie escreveu um comentário no meu texto anterior que comecei a responder mas depois achei que seria mais interessante escrever um texto sobre o assunto.

Ora então, o pecado da net... e dos jornais e da tv. Sobre esse assunto ouvi o Marcelo Rebelo de Sousa dizer que o que a nomeação do excesso de utilização da net e da leitura dos jornais tinha como objectivo era evitar a alienação dos crentes em relação à sociedade. Ou seja, se uma pessoa estiver demasiado tempo a ler jornais ou enfiado no computador acaba por não se relacionar com os familiares, amigos, vizinhos, paroquianos, etc. E essa motivação para mim até faz sentido. Convém reparar que dentro dos pecados esses não se enquadram na categoria dos mais graves, os mortais. Enquadram-se noutra qualquer (os veniais? Confesso que não sou perito na matéria).

No entanto parece-me ter ouvido numa das muitas notícias sobre o assunto que o termo de comparação para determinar se o tempo dedicado a essas distrações era em excesso ou não, seria o tempo dedicado à leitura da Bíblia. Ou seja, o que seria pecado seria dedicar mais tempo à leitura de jornais, net e tv do que à leitura da Bíblia. Ora aí temos um problema, uma vez que imagino que não haja muita gente a ler a Bíblia regularmente. Estava capaz de apostar que 99,9% dos católicos em Portugal dedicarão mais tempo a fazer seja o que for do que a ler a Bíblia. E existe ainda outro problema. É que nessa perspectiva, a de que a leitura de um jornal é pecado se não se dedicar pelo menos o mesmo tempo à leitura da Bíblia, seria possível passar metade do dia a ler jornais e pesquisar na Internet, a outra metade a ler a Bíblia e nunca se dirigir uma palavra aos concidadãos. Ou seja, alienação total.

Mas pronto, eles são católicos, eles que se entendam.

sexta-feira, 21 de abril de 2006

Não fodais, meus filhos

Este é um tema recorrente e não há grandes novidades excepto pelo facto de um cardeal ter defendido o uso de preservativos entre casais em que um deles esteja infectado pelo HIV / SIDA. Segundo ele o preservativo seria um mal menor justificável face à possibilidade de contágio. Sempre é melhor que a posição do Vaticano em geral e do Papa em particular que continua a achar que não foder é a única solução.

BBC NEWS | Europe | Cardinal backs limited condom use
BBC NEWS | Europe | Pope rejects condoms for Africa

P.S.: Na realidade esta entrada foi mais para poder utilizar o título :-)

quinta-feira, 20 de abril de 2006

Essa agora...! Não, não, nada disso.

Acabo de descobrir que uma das pesquisas que trouxe alguém ao meu blogue foi "foto gay musculado" no Altavista. Queria desde já esclarecer (aos quatro leitores deste blogue) que não há cá nada disso. Nem fotos de gajas boas eu tenho, quanto mais...

Adeeeuus, 'lusconi, adeus linda serra...


Finalmente Il Cavalier, ou Il Corrupti, como eu carinhosamente gosto de lhe chamar, foi destronado por uma decisão do Supremo Tribunal que confirmou a vitória de Romano Prodi por uma escassa margem. O panorama é um pouco melhor do que tinha sido inicialmente transmitido uma vez que a coligação de centro-esquerda teve não só mais lugares na Câmara de Deputados (348 contra 281 e um independente) como também conseguiu mais dois lugares no Senado (158 contra 156 e um independente).

Mas Il Corrupti, qual valente cavaleiro ainda se agarra aos estribos com as pontinhas dos dedos e recusa nobremente a admitir a derrota.

quarta-feira, 19 de abril de 2006

Battlestar Galactica



Um amigo meu compra séries americanas e tem a amabilidade de mas emprestar. Entre estas séries encontra-se a nova versão da Battlestar Galactica, uma série que fez as minhas delícias quando eu era ainda um jovem rapaz, penso que já nos anos 80 (século passado, portanto).






Para além desta série tem-me emprestado várias séries do universo Star Trek, nomeadamente a série Deep Space 9 que também estou a ver actualmente. Mas a Galactica que nos EUA foi a responsável por pôr o canal SciFi no panorama das guerras de audiência e por destronar o franchising Start Trek, é de facto uma lufada de ar fresco. É verdade que ainda gosto da DS9, mas penso que o franchising Star Trek acaba por ser vítima do seu sucesso. Parece-me que ao racionalizar ao máximo os recursos disponíveis para as diferentes séries, acabaram por cair no síndrome da gaiola dourada. Ou seja, todas as séries se passam dentro do mesmo decor, transmitindo uma sensação de conforto e quentinho (that warm and fuzzy feeling) mas que ao mesmo tempo se torna um pouco asfixiante e claustrofóbica.



Mas voltando à Galactica, a série é certamente dos remakes melhor conseguidos da história da TV. A volta que deram às personagens não se ficou pelas mudanças de sexo. Estas passaram a ter profundidade e a ser verdadeiramente interessantes. Se fizermos um esforço para nos recordarmos das personagens da série original rapidamente chegamos à conclusão de que não passavam de personagens simpáticas e completamente bi-dimensionais. Aliás, toda a série original era para as audiências pouco exigentes do horário de domingo à tarde. De resto tudo na nova série parece ser melhor. Se excluirmos os efeitos especiais, que teriam obrigatoriamente de ser melhores, os argumentos dos episódios são claramente mais adultos, e nem sequer me estou a referir à recorrência do sexo na série. Os novos Cylon, agora com forma humana (ainda que na segunda volta da série original esse elemento já tivesse sido utilizado), é que serão talvez excessivamente evoluídos e penso que muito ainda terá de ser explicado se tivermos em conta por exemplo que já têm preocupações teológicas e até têm uma religião mais avançada que os humanos que ainda acreditam em múltiplos deuses.

É uma série é de facto excelente, sobretudo para apreciadores de Ficção Científica.

terça-feira, 18 de abril de 2006

O impasse iraniano




A situação actual das relações do Irão com o mundo Ocidental é extremamente interessante. O Irão tem vindo a trabalhar de forma ostensiva num programa nuclear. No entanto esta ostensividade só tomou forma após a descoberta em 2002 da existência do programa secreto de enriquecimento de urânio. Embora o programa já decorresse há 18 anos.

Segundo o Irão o seu programa nuclear tem objectivos pacíficos e destina-se a aliviar a dependência do país em relação ao petróleo. Esta dependência relativamente ao petróleo é uma situação peculiar no caso do Irão, particularmente se tivermos em conta que este país é um exportador de petróleo. O problema do Irão relativamente ao petróleo está relacionado com as sanções a que está sujeito por parte dos EUA, que impedem empresas americanas de negociar com o Irão e prevêm sanções contra empresas de outros países que o queiram fazer. Como consequência desta situação e apesar de ser responsável por 5% das exportações mundiais de crude, o Irão não tem refinarias suficientes para dar resposta às suas necessidades internas de combustível. A adicionar a esta dificuldade, os fortes subsídios sobre o combustível levam a uma distorção do consumo. O baixo preço do combustível leva não só a um consumo exagerado como ao contrabando do combustível subsidiado para venda nos países vizinhos. O resultado final deste cocktail é que o Irão tem de importar cerca de 4,5 mil milhões de dólares por ano de combustível, contra os 45 mil milhões de receitas anuais resultantes da exportação de petróleo que financiam 50% do orçamento anual iraniano.

Sendo um signatário do Tratado de Não-Proliferação, e tendo direito a utilizar a energia nuclear para fins pacíficos, é um pouco preocupante que tenha montado um programa secreto de enriquecimento de urânio, em vez de o submeter logo desde o início ao escrutínio das Nações Unidas.

Actualmente as Nações Unidas têm acesso às instalações nucleares, mas ainda não estão convencidas de que tenham tido acesso a toda a informação de que necessitam. Por essa razão exigem ao Irão que interrompa o seu programa nuclear até que as NU se sintam confortáveis relativamente às garantias da orientação do programa nuclear iraniano.

O problema é obviamente um problema de confiança e de intenções. Ou seja, um reactivar do clima da Guerra Fria. A questão que se põe é que ninguém conhece as intenções do Irão. Será que o seu programa se destina apenas a fins civis? Ou será que tem como objectivo a produção de armas nucleares? Será que o próprio Irão tem esse objectivo bem definido ou quererá apenas garantir a opção de se vir a armar com armas nucleares no futuro? Todo este desconhecimento leva a um conjunto de equilíbrios instáveis. O Irão até pode ter o seu programa orientado para utilizações civis, mas a pressão internacional e as ameaças veladas de ofensivas militares por parte dos EUA não poderão alterar o sentido desse programa nuclear? A própria invasão do Iraque e o conceito de guerra preventiva não poderão levar o Irão a armar-se nuclearmente como forma de desencorajar uma ofensiva norte-americana? Por outro lado, será que o Ocidente pode confiar nas declarações de intenções iranianas?

Mais sobre o assunto na BBC News:

quarta-feira, 12 de abril de 2006

Tá no papo

Estou convencido de que a pena de morte de Zacarias Moussaoui já está no papo. Acusado de ter participado na fase de preparação do atentado contra as Torres Gémeas e o Pentágono e de apenas não ter participado por ter sido detido antes de estes acontecerem, é ainda acusado de ter sido um obstáculo às forças de investigação que poderiam ter impedido os atentados se Moussaoui não tivesse mentido em relação ao que sabia. Esta acusação parece-me um pouco rebuscada, até porque segundo a lei americana, nenhum detido pode ser obrigado a prestar declarações, até porque como eles dizem, "anything you say can be used against you in a court of law". A única solução que vejo para esse impasse seria o FBI ter conhecimento prévio da natureza do ataque e ter-lhe oferecido algum tipo de acordo em troca de informações que lhes permitissem impedir o atentado.

Mas da maneira como o julgamento está a decorrer, com a acusação a mostrar imagens e registos sonoros obtidos durante e após os atentados e com o desdém e gritos de rejubilo do membro da al-Qaeda, e sendo este como é típico nos EUA, um tribunal de juri, penso que é garantida a sentença de morte. Desta forma fica toda a gente contente. O Ministério Público obtém a sua execução e Moussaoui transforma-se num mártir. Quanto às famílias das vítimas não faço ideia, suponho que não será esta execução que lhes trará paz de espírito.

BBC NEWS | Americas | Jurors shown graphic 9/11 images: "Jurors shown graphic 9/11 images Survivors described scenes of panic and horror within the Pentagon A US jury has been shown graphic images of people burned to death in the 11 September 2001 attack on the Pentagon."

sexta-feira, 31 de março de 2006

A Partilha de Ficheiros e a Utilização Razoável

Em 1984, a Universal Studios processou a Sony Corp. num caso que foi posteriormente designado como "Betamax case". Segundo os Universal Studios, o Betamax, o sistema de leitura de vídeo para uso caseiro criado pela Sony, podia ser utilizado para desrespeitar os direitos de cópia por parte dos seus utilizadores. Como tal, a Sony era responsável por essas acções e devia ser penalizada por isso. O Supremo Tribunal dos EUA decidiu contra a Universal, tomando uma posição considerada histórica, em que considerou que a gravação de programas de televisão completos para poder vê-los noutro horário não constituía uma violação dos direitos de cópia considerando-a antes como uma utilização razoável (fair use).

Ao recordar este processo e pensando na actual prática de partilha de ficheiros pela net, ocorreu-me uma dúvida. Não ponho em causa que descarregar da net um filme que eu nunca comprei seja uma violação do direito de cópia. Mas será que não existem outras situações em que a mesma prática não represente uma violação? O exemplo que me ocorre é o seguinte: como se sabe, a excelente série "Perdidos" ("Lost") está actualmente a ser transmitida pela RTP. Recebendo eu a RTP em casa, tenho todo o direito a gravar os episódios da série para visualizá-los numa altura que me convenha. A questão que eu ponho é a seguinte: eu não gravei os episódios, mas podia tê-lo feito. Ao abrigo do princípio de que posso ver noutra altura algo que foi transmitido num canal a que tenho acesso, parece-me que posso tirar como corolário que se eu não tiver gravado o episódio, continuo a poder vê-lo noutro horário que me convenha. Logo não será legítimo eu descarregar esse episódio a partir da net, como substituto de algo que podia estar gravado numa cassete em minha casa mas que não está apenas por acaso?

O Criminoso Descalço

Está em investigação um sistema de comparação automática de rastos de sapatos com sapatos recolhidos como prova. A ideia é que este sistema que deve funcionar de forma o mais automática possível seja capaz de associar os sapatos de um suspeito às marcas deixadas no local do crime.

Agora só falta criminalizar a destruição de sapatos, caso contrário todos os criminosos passarão a destruir os seus sapatos após um "trabalho". Ou talvez a indústria do calçado descartável venha a aumentar.

BBC NEWS | Technology | Shoeprint analysis to fight crime: "Shoeprint analysis to fight crime
By Mark Ward
Technology correspondent, BBC News website

The system could help the work of crime scene investigators
Researchers in the UK are working on a computer system that aims to make shoeprints at crime scenes as useful as fingerprints and DNA."

segunda-feira, 27 de março de 2006

Não há cá conversões!!!

Aparentemente, segundo o sistema legal afegão que é baseado na Sharia, um gajo que tenha nascido(?) islamita não tem o direito a mudar de ideias. Um tal de Abdul Rahman decidiu há 16 anos que a religião cristã (uma delas, não sei qual) fazia mais sentido para ele, e hoje está a chegar à conclusão de que se calhar devia ter pensado mais tempo no assunto. Mas lá cometeu esse erro e agora está a ser julgado por ter renunciado ao Islão. A pena como seria de esperar é a morte, o que para a nossa maneira de pensar talvez seja um pouco exagerado, mas lá para aqueles lados é obviamente a medida certa a tomar.

Mas não se pense que aquela gente é desprovida de compaixão. Nada disso. Se o homem se arrepender e abraçar de novo aquela religião tolerante e bondosa será perdoado. Nas palavras do juiz Ansarullah Mawlafizada

"Islam is a religion of peace, tolerance, kindness and integrity. That is why we have told him if he regrets what he did, then we will forgive him,"

Até me vêm as lágrimas aos olhos com tanta bondade junta.

BBC NEWS | South Asia | Afghans protest against convert: "Afghans protest against convert
Afghans attending Friday prayers in Kabul
Many Afghans are not happy with the decision to dismiss the case
Several hundred people have protested in northern Afghanistan against a decision to dismiss a case against a man who converted to Christianity."

terça-feira, 21 de março de 2006

Adeus cadeirinhas

Estavam todos nervosos, era o primeiro dia de snowboard da época. A ressaca de meses sem pôr os pés numa prancha era tal que a perspectiva de começar a descer a montanha dentro de 15 minutos lhes dava nervoso miudinho. As conversas sobre o estado da neve e quedas ridículas que tinham dado em férias anteriores tinham acabado após o primeiro vislumbre dos novos meios mecânicos que os levariam ao topo da montanha. Aliás, os novos meios mecânicos eram eles próprios razão para algum nervosismo. Eram novidade absoluta a nível mundial e prometiam revolucionar a prática dos desportos de neve e a própria paisagem. Esta estância estava a levar a cabo um teste piloto. Se os resultados fossem de acordo com o esperado seria o fim das telecabinas e cadeirinhas suspensas em cabos. Estes novos meios mecânicos eram pequenos helicópteros não tripulados com capacidade para 8 pessoas. Levavam os esquiadores ao topo da montanha num terço do tempo das telecabinas mais rápidas e eram controlados por um sistema computorizado instalado numa torre de controlo. Ao contrário das telecabinas e cadeirinhas não era necessário entrar ou sair com o veículo em movimento. Os utentes faziam fila junto a um conjunto de portas pertencentes ao terminal que abriam em simultâneo com as portas das cabinas. Após a entrada de um máximo de oito utentes os dois conjuntos de portas fechavam-se e a cabina era elevada até encaixar na carcaça do helicóptero que a esperava no topo do terminal.

Esta carcaça era composta por um nariz necessário para efeitos de aerodinâmica e para alojar os componentes electrónicos, pelo rotor principal e por uma cauda com um pequeno rotor estabilizador.

Após confirmação electrónica de que a cabine estava bem encaixada, o conjunto levantava voo rapidamente. Enquanto esperavam pela cabina uma mangueira enchia o depósito de metanol que seria utilizado pelas células de combustível para gerar a electricidade necessária ao motor do aparelho. Estes pequenos helicópteros eléctricos eram consideravelmente mais silenciosos que os antigos helicópteros de turbina. Eram também perfeitamente não poluentes, emitindo apenas água como resultado da produção de electricidade.

À chegada o helicóptero aterrava automaticamente e a cabine descia de novo abrindo as portas do lado oposto para a saída dos esquiadores. Com estes novos meios mecânicos ganhavam os utilizadores que perdiam menos tempo a chegar ao topo e ganhava a paisagem uma vez que desapareceriam os postes, cabos e cabines suspensas.

How fuel cells work

segunda-feira, 13 de março de 2006

Os árabes é que as sabem fazer

As calças. Olhando para aquelas túnicas árabes que incluem umas calças que se juntam perto dos joelhos em vez de se juntarem nas virilhas, percebe-se facilmente que aquilo é que são calças confortáveis. Ultimamente as minhas calças estilo europeu têm-me apertado os tomates quando estou sentado, que é a maior parte do dia. É um bocado desconfortável. Para contrariar isto ainda tentei há cerca de um ano deixar de usar slips para passar a usar boxers, mas sem resultado. Continuo com os tomates apertados. Isto tem dois inconvenientes. Um é directo, ter os tomates apertados é desconfortável por si só. O outro é indirecto, os tomates apertados têm tendência a ficar mais quentes, o que também é desconfortável, mas tem ainda a agravante de supostamente prejudicar a contagem de espermatozóides... mas vendo bem, no meu caso que não quero fazer mais crianças nos próximos tempos, é capaz de não ser um inconveniente... a não ser que me apeteça entrar num concurso de contagem de espermatozóides como vi recentemente naquele programa da MTV, o Jackass... nah, acho que não há perigo.

sexta-feira, 10 de março de 2006

Podemos contar sempre com ele

Sempre que estivermos aborrecidos podemos contar com o Berlusconi, o político mais descaradamente corrupto e manipulador da Europa, para nos dar algo com que nos entretermos.
Já se está a preparar outro processo por corrupção contra o Primeiro Ministro de Itália. Mas sendo o homem tão comprovadamente resistente a processos por corrupção e não tendo o mínimo pejo em fazer passar leis específicas para as suas necessidades, é bem provável que este processo venha a ter o mesmo destino que os outros.

BBC NEWS | Europe | Italy bid for PM corruption trial

quinta-feira, 9 de março de 2006

Isto ainda vai dar merda

Historicamente a situação entre a China e o Japão nunca foi muito confortável. Especialmente depois de o Japão ter invadido a China durante a II Guerra Mundial. Parece que os chineses levaram a mal uma série de coisas, certamente sem importância, que os japoneses fizeram por lá. E o simples facto de ver o seu país invadido tem a tendência para deixar as pessoas mal-dispostas. Seja como for, a II Guerra Mundial já foi há uns tempos, por isso era de esperar que já fossem todos amigos. Mas não, nada disso. Nisto de invasões e crimes de guerra, as coisas tendem a ficar na memória, mesmo de quem ainda não era nascido na altura.

E como tal, nos últimos tempos os dois países têm trocado picardias que têm subido de tom, embora ainda se mantenham no nível "tu és mau e se continuas a ser mau deixo de falar contigo", não tendo ainda chegado ao ponto do "se te oiço dizer mais uma ???aladoarda???? dessas vou aí parto-te a tromba toda e mato o teu cão". Felizmente, porque a China entreteve-se desde o fim da II Grande Guerra a construir um bonito arsenal, cheio de aviões, barcos, e equipamento diverso que inclui armas atómicas de belo efeito. E o Japão tem uma coisa a que chamaram Forças Japonesas de Auto-Defesa que foi o que se conseguiu arranjar depois de os EUA ter invadido. Esta força de defesa tem a particularidade de estar proibida pela Constituição de fazer guerra contra outros países. O que pode ser aborrecido em determinadas situações. No entanto, existe uma outra coisa que sempre transmite uma certa sensação de conforto que é um acordo entre o Japão e os EUA e que se chama algo como Tratado de Cooperação e Segurança Mútuas e que basicamente diz que se alguém bater no Japão este vai chamar os EUA. O contrário não é verdade por causa daquele artigo curioso da Constituição e que eu já referi. E ainda bem para o Japão, caso contrário não faziam outra coisa que não andar a correr atrás das forças dos EUA.

Mas disperso-me. Eu estava a falar era das recentes picardias entre a China e o Japão. Segundo me lembro, se bem que devem ter havido muitos outros eventos anteriores, esta história começou por causa de um manual escolar japonês que a China acusou de ser revisionista em relação ao que o Japão fez na China durante a II Grande Guerra. Mais recentemente houve uma outra questãozita que os chineses levaram a mal e que foi uma visita do Primeiro Ministro Junichiro Koizumi, ao templo Yasukuni que honra as 2,5 milhões de vítimas japonesas da guerra, com o pormenor de lá estarem enterrados 14 criminosos de guerra japoneses que foram enforcados e tudo. O Governo chinês disse que era estúpido e amoral venerar criminosos de guerra. Os japoneses por seu lado ficaram chateados porque estúpido e amoral não é coisa que se chame a um Primeiro Ministro.

A última troca azeda de palavras foi desencadeada por um "deslize" freudiano do Ministro dos Negócios Estrangeiros japonês, que se referiu a Taiwan como país. Ora como muito bem sabemos, a China continua a considerar Taiwan como parte do seu território. Embora exista um tratado assinado entre China e Japão em 1972 em que os últimos reconhecem que existe apenas uma única China.

Mas se tudo isto parecem coisas ligeiras para que possa vir a haver um conflito entre estes dois países asiáticos, então o novo pomo da discórdia talvez faça mais sentido. Existe um sério desacordo entre Japão e China no que diz respeito à definição dos limites das respectivas Zonas Económicas Exclusivas (ZEE).



E o problema nem sequer diz respeito a direitos de pesca, como no caso de Portugal e Espanha. Neste caso podemos construir um paralelo com o histórico Tratado de Tordesilhas. A questão de se chegar a divisão das fronteiras atribuídas a cada um dos países um bocadinho mais para a esquerda ou mais para a direita não é completamente inocente. Se no caso da divisão do Mundo entre Portugal e Espanha, a hábil alteração às linhas iniciais nos deu o Brasil, a definição da fronteira da ZEE que o Japão persegue pode-lhe dar acesso a reservas de gás natural, que a China tem vindo a explorar e às quais o Japão certamente não se importaria de deitar a mão ou pelo menos, de partilhar com a China.

A minha dúvida relativamente a tudo isto é se todas estas quezílias a que temos assistido nos últimos anos não serão apenas fait-divers, jogadas de distracção num jogo de weiqi (go) de âmbito regional com o objectivo final de conquistar importantes reservas energéticas.

BBC NEWS | Asia-Pacific | Japan-China row turns to Taiwan

O homem tem alguma razão

Está em julgamento nos EUA um processo em que o pai de uma criança procura libertar-se da obrigação de pagar a pensão de alimentos à mãe do seu filho. Ok, dito só assim isto soa muito mal mas temos de ver o que está por detrás deste pedido. O pai alega que a sua namorada lhe garantiu que tinha um problema que a impedia de engravidar. Ora isto não era verdade e ela disse-o só para poder engravidar (a vaca!). A questão que o homem levanta é que não é justo ele ser obrigado a sustentar uma criança que ele nunca quis ter e que lhe foi imposta através de uma mentira. Na situação actual nos EUA, pelo menos em alguns estados, as mulheres têm o direito de abortar. Isto dá-lhes um controlo absoluto sobre a decisão de ter ou não uma criança. Por um lado o aborto é uma medida extrema contra uma gravidez indesejada pelo que ninguém as pode obrigar a ter um filho. Por outro elas podem engravidar contra a vontade do companheiro ficando este obrigado a sustentar a criança, apesar de poder ter expresso de forma clara que não era essa a sua vontade. Temos de admitir que não é uma situação justa.

A minha opinião é que se fosse possível penalizar só a mãe, então nestes casos isso devia ser feito. No entanto existe uma criança que não tem a culpa de ter uma mãe capaz de pensar só em si, e há que garantir o seu bem-estar. Ou seja, o homem está fodido.

Neste caso, o sr. Dubay, que interpôs o processo, não tem esperança de que o tribunal decida a seu favor. Como ele diz "What I expect to hear is that the way things are is not really fair, but that's the way it is".

BBC NEWS | Americas | US men fight child support laws

P.S.: Uma maneira de os homens atingirem este nível de controlo, se não quisessem correr o risco de serem aldrabados nem usar preservativo, era fazer uma vasectomia que funcionasse com um interruptor. Ou seja, normalmente os vasos que permitem aos espermatozóides sair estariam bloqueados e estes só passariam se fossem desbloqueados. Era mais seguro que a pílula.

quinta-feira, 2 de março de 2006

Lavou as mãos?

Eu trabalho num parque empresarial que tem relva e flores e árvores e essas coisas que tornam a nossa vida mais agradável. Todas essas maravilhas da natureza são protegidas e cuidadas por uma empresa de jardinagem que contrata rapazes com níveis variados de deficiência mental (tenho a certeza de que existe um termo politicamente correcto, mas este serve perfeitamente). Esses rapazes e muito mais gente usam a mesma casa de banho que eu. Ora acontece que alguns destes rapazes têm conceitos de higiene diferentes dos meus. Por exemplo, ainda agora estive na casa de banho (fiz uma mijinha, lavei as mãos e os dentes, se querem saber) e reparei, porque sou muito observador, que um destes rapazes fez uso do urinol e nem autoclismo nem lavar as mãos. E já vi sairem da retrete, nas raras vezes em que reparo que está alguém na retrete e não consigo despachar-me antes da pessoa sair de lá de dentro juntamente com os distintos odores, e nem olá disseram ao lavatório. Felizmente que na maior parte das vezesem que está envolvida a retrete, o autoclismo é também chamado à função, mas também vos digo que não é garantido. É por essa razão que faço sempre os possíveis por abrir a porta sem recurso ao puxador. Mas nem sempre é possível. Por isso acho que todas as portas de casa de banho pública deviam ser assim:

quarta-feira, 1 de março de 2006

Texto-para-voz

Descobri por acaso uma empresa que oferece um produto que me parece interessante para acrescentar ao sítio comercial de empresa. Este produto consiste em personagens virtuais que podem, por exemplo para apresentar produtos, criando um ambiente mais agradável ao utilizador. O que eu achei mais interessante foi a qualidade da funcionalidade de texto-para-voz, ou seja, a capacidade de gerar voz sintetizada de excelente qualidade a partir de texto escrito. A voz gerada por computador será talvez um pouco brusca, mas não tem os típicos cortes entre palavras das versões anteriores. E esta geração de voz funciona mesmo para português europeu ou brasileiro e sabe dizer palavras com til e tudo.

Podem experimentar aqui. Experimentem frases com muitos palavrões que a boneca nem cora.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2006

Como lavar 50 milhões de libras

Aparentemente roubar 50 milhões de libras é muito mais simples do que usar esse dinheiro ou lavá-lo. Nunca tinha pensado no assunto, talvez por não ter roubado quantias dessa ordem nos últimos tempos, mas lidar com £ 50.000.000 tem algumas complicações práticas e de logística. Para além disso, os chatos dos ingleses têm montado um sistema legal que dificulta a tarefa de fazer desaparecer dinheiro arduamente obtido através de rapto e assalto à mão armada. Parece que vou ter de continuar à espera do Euromilhões.

BBC NEWS | UK | Can the robbers launder the money?

DRM

Uma das maiores discussões associadas à questão dos livros electrónicos (eLivros) é a da hgestão dos direitos de autor (DRM - Digital Rights Management). Uma das razões (entre muitas outras) para estes aparelhos falharem é a opção dos fabricantes de aparelhos em fornecê-los com sistemas de DRM proprietários, ou seja, que só permitem ler conteúdos que tenham sido gravados com esse sistema de DRM. Ora isso não faz qualquer sentido porque ninguém compra um aparelho destes para ler apenas os livros que a Sony ou outra marca qualquer decide pôr no mercado. Era a mesma coisa que comprar um leitor de DVD que só permitisse ver filmes da Warner Bros ou da Sony Entertainment. Não faz sentido, não é?

MobileRead Networks - Build an eink reader.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2006

Vitória!!!

É claro que não estou a falar do Benfica, que foi a desgraça que se viu. Eu e a minha mulher conseguimos uma vitória verdadeiramente importante lá para casa, que foi fazer pão comestível. Pode parecer uma tarefa simples, mas a verdade é que só à 3ª (ou foi à 4ª?) tentativa é que conseguimos. Das outras vezes o pão nunca chegou a cozer porque também nunca chegou a levedar como deve ser. No fim ficava uma massa crua com crosta e por mais tempo que deixássemos no forno ficava sempre igualmente intragável. Nós temos de fazer pão em casa porque o nosso filho é alérgico ao gluten e não pode comer nada com trigo, aveia, cevada, centeio, etc., porque contêm todos gluten. Logo temos de comprar farinha e fermento especiais. Acho que das outras vezes fizemos uma série de erros e por isso é que a massa não levedou. Por exemplo, acho que pus água quente demais na farinha com fermento, o que segundo li não é muito saudável para o processo de levedura. Depois não atinámos com o sítio onde pôr a massa a levedar. Parece que deve ficar abafada e num sítio a uma temperatura amena (30º?). Mas desta vez decidi pôr a forma dentro de uma bolsa térmica semi-rígida que fecha com fecho de correr e pus lá dentro um pano com água que aqueci no microondas. Foi remédio santo. Levedou tanto que quando abrimos novamente a bolsa, a massa tinha crescido mais do dobro, tinha saído da forma para dentro da bolsa e tivemos que deitar uma parte fora. Mas depois de ir ao forno ficou muito bom. Só não fica muito barato, que isto de farinhas e fermentos sem gluten já se está a ver.

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