This blog's purpose is to help me consolidate my thoughts about science, politics and social issues, whatever. Past entries all in Portuguese, current ones either in English or Portuguese. Depends on context.
quarta-feira, 3 de maio de 2006
O mistério do urinol da esquerda
Na casa de banho que costumo utilizar aqui no trabalho acontece um fenómeno estranho mas garantido. A casa de banho dispõe de dois urinois. Vamos designá-los por conveniência por "urinol da esquerda" e "urinol da direita". Eu costumo utilizar o da direita, não por convicção política, muito pelo contrário, mas porque por alguma razão me sinto mais confortável nesse do que no outro. Não sei se tem alguma coisa a ver com os tempos eventualmente excessivos que passei a jogar Quake e Doom e outros jogos do género em que estar perto de uma esquina virado para o lado errado podia ser fatal. É que o urinol da esquerda fica logo ao lado da porta, enquanto que o da direita fica entre o da esquerda e uma parede. Assim, se por exemplo entrar um ninja pela porta, tenho muito mais tempo para reagir. Se estiver sozinho na casa de banho posso por exemplo virar-me rapidamente e mijar-lhe para os olhos. Deve arder, porque segundo julgo saber, a urina tem qualidades desinfectantes. Se estiver alguém no urinol da esquerda posso usá-lo como escudo contra os shuriken. Bom, mas depois de toda esta introdução ia-me esquecendo do mistério do urinol da esquerda. É que já desde há muito tempo que venho notando que tipicamente aquele urinol foi usado sem que puxassem o autoclismo, enquanto que o da direita costuma ter a água limpa no fundo. Uma das teorias que tenho para justificar isto tem unicamente a ver com probabilidades. Tem-me parecido que a maior parte dos utilizadores preferem usar o urinol esquerdo. Como há uma grande parte que não usa o autoclismo, o da esquerda fica sujo e o outro não. Porque é que eles preferem o da esquerda ao da direita? Se calhar porque são preguiçosos. Como aquele é o que fica logo ao lado da porta, é o que usam. É claro que para mim isso é como andar sem cinto de segurança. Na esmagadora maioria das vezes o cinto não faz falta, mas quando é preciso convém mesmo estar posto. Sempre quero ver quando um dia estiverem a mijar e lhes entrar um terrorista pela porta. O último pensamento que vão ter vai ser que deviam ter utilizado o urinol da direita.
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