quarta-feira, 12 de julho de 2006

De facto... afinal como é que se chega à felicidade?




Este artigo da BBC faz referência a um estudo feito pelo think tank New Economics Foundation, cujo objectivo era determinar os índices de felicidade dos países a nível mundial. Chegaram à conclusão de que a nação mais feliz da Terra é Vanuatu. Vanuatu é um pequeno país do Pacífico Sul cuja economia se baseia na agricultura e no turismo. Não há indústria e o consumismo parece não fazer ainda parte da cultura vanuatuniana. A conclusão a que o estudo pretende chegar é que o actual modelo dos países ocidentais, que se baseia na maximização do Produto Interno Bruto, não será o melhor caminho para a felicidade. E tem ainda um outro inconveniente. É que não é ambientalmente sustentável. Como exemplo referem que se os níveis de consumo global anual fossem equivalentes aos do Reino Unido, seriam precisas 3,1 Terras para os sustentar.

Ao ler artigos deste género começo logo a sonhar com uma pequena empresa de táxi aéreo entre ilhas de um arquipélago do Pacífico, em que a vida é vivida dia a dia, com períodos de descanso entre serviços, na praia, a fazer desporto e ler livros (uma adaptação do filme "6 dias, 7 noites").

É claro que também me parece que uma parte de toda esta felicidade é sustentada pelo turismo. Ora sendo esse turismo pago por pessoas como eu (mais ou menos), que trabalham e vivem de acordo com o modelo infeliz e ambientalmente insustentável, rapidamente chegamos à conclusão de que a felicidade dos vanuatianos só será possível à custa de uma boa dose de infelicidade dos seus turistas. Talvez. Às vezes é melhor não pensar demasiado nas coisas.

BBC NEWS | Science/Nature | Happiness doesn't cost the Earth:
Retail therapy will not bring happiness, according to the study
People can live long, happy lives without consuming large amounts of the Earth's resources, a survey suggests."

Turismo em Vanuatu

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