terça-feira, 18 de julho de 2006

Guerra limpa ou paz podre

Não era interessante se fosse possível ver Histórias alternativas? Eu por exemplo tenho uma curiosidade doida em saber o que aconteceria se Israel decidisse finalmente atacar a Síria pelo seu óbvio apoio ao Hezbollah. Mas não tanta curiosidade que me leve a desejar que isso venha de facto a acontecer. Será que a Síria responderia com uma guerra aberta a Israel? Ou encolher-se-ia tal como o Governo Libanês que age como se nada se passasse? Não deixa de ser curioso que o Governo Libanês que tem uma coisa parecida com um exército regular, não só permita que o Hezbollah faça o que bem entende no Norte, como depois ignore as respostas de Israel sobre infraestruturas do país. Mas e o Irão? Será que víria em auxílio do seu aliado como ameaçou? E se estes dois países declarassem guerra a Israel? Os EUA teriam certamente de intervir. Mas com tanta guerra ao terrorismo e com o Iraque e o Afeganistão a darem ainda tanto trabalho, algum lado esse cobertor teria de destapar. O Iraque não conta, mas e os restantes países do petróleo? Certamente não entrariam nessa guerra. A não ser que as suas populações fizessem tal pressão que a isso os obrigasse... mas a ideia de ver a Arábia Sáudita ao lado do Irão e contra os EUA parece-me hilariante. E o Bahrein? Alguém imagina o Bahrein a mexer-se fosse pelo que fosse?

Imagino que o máximo que possa acontecer seria Israel fazer uma demonstração de força contra a Síria, destruindo por exemplo uma central eléctrica ou algum edificio do Governo, mas durante a noite, ao que a Síria responderia com muitas ameaças que nunca concretizaria. O Irão diria certamente que se Israel voltasse a fazer algo do género iam lá e davam cabo daquilo e depois ficava tudo na mesma.

Mas o mais provável é Israel não atacar a Síria.

BBC NEWS | Middle East | All quiet on the Syrian front

1 comentário:

Personalidade Bloguinho Portuga disse...

Eu acho que o facto de eu não ser israelita era capaz de me dificultar a campanha. Para além disso se eu ganhasse tinha de fazer o resto da minha vida com guarda-costas às costas, o que seria pouco agradável. E imagino que um primeiro-ministro de israel não durma grande coisa.

Resumindo, acho que não.

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