quarta-feira, 23 de março de 2005

Snif, snif

Cheira a merda, parece merda, será merda?

PUBLICO.PT: "O ex-ministro da Administração Interna, Daniel Sanches, assinou um despacho conjunto com o responsável pela pasta das Finanças, Bagão Félix, três dias após as eleições legislativas, adjudicando um sistema de comunicações, no valor de mais de 500 milhões de euros, a um consórcio liderado pela Sociedade Lusa de Negócios (SLN), uma holding para a qual o próprio Daniel Sanches trabalhou, antes de integrar o Governo de Santana Lopes."

3 comentários:

Personalidade Bloguinho Portuga disse...

Bom, de facto é obrigatório uma identificação reconhecida pelo Blogger. E é o Blogger que exige a password, caso contrário não haveria maneira de garantir que quem assina corresponde à identidade Blogger. Mas essa identificação é perfeitamente anónima. Ou seja, em vez de seres o Pedro podes ser o Batatoon, o Blogger está-se nas tintas. Só tens de criar essa identidade no Blogger. Pela minha parte exijo identificação para isto não ser uma rebaldaria e para eu perceber o perfil das pessoas que comentam.

Resumindo, o anonimato depende de cada um, e o tipo de autenticação que vos é exigido para comentarem é o mesmo que me é exigido para publicar os meus textos. Fico à espera dos teus comentários, Batatoon :-)

Personalidade Bloguinho Portuga disse...

Bem, eu não defendo propriamente o sistema judicial. A minha opinião acerca deste é mais ou menos a mesma que tenho da Democracia. Não é um sistema perfeito, mas é o melhor que se conhece.

Personalidade Bloguinho Portuga disse...

Bom, estás a assumir demasiado. Eu não conheço o nosso sistema judicial. Pelo menos não o conheço a fundo, só os seus contornos. Mas para além disso eu não me referia às imperfeições do nosso Sistema Judicial específico. Referia-me apenas ao paradigma de que existe uma entidade do lado da Acusação, outra do lado da Defesa e um árbitro sob a forma de uma ou mais juízes que julgarão as provas apresentadas. Antes do julgamento existe uma fase de investigação em que são reunidas provas contra uma ou mais pessoas. Para esta fase do processo existem um conjunto de regras e limitações que pretendem defender o direito do réu a um julgamento justo.

A questão que eu colocava sobre a imperfeição do sistema põe-se com a ilusão da entrega da Justiça, tal como é encontrada pelo nosso sistema. A Verdade Absoluta é inalcansável. Penso que isto é indiscutível. A minha posição é que quem não faz parte do Sistema Judicial pode apenas contentar-se com as regras do jogo e aceitar o veredicto alcançado como aquele a que foi possível chegar. Aceitando estas regras sou obrigado a reconhecer que o sistema não é perfeito mas é o melhor que se pode arranjar. O que eu sinto é uma certa impotência e alguma tristeza porque nunca sinto total confiança nos veredictos que nos são dados a conhecer. É uma questão meramente filosófica

Mas entrando ao de leve na tua pergunta, no sistema português em particular parecem existir uma série de problemas que eu nem me atrevo a tentar identificar e que levam a que a justiça tarde e muitas vezes falte. O simples arrastar do processo judicial é uma denegação da Justiça. As causas dessa demora penso que sejam maioritariamente processuais, excesso de burocracia, de organização dos tribunais e de existência de interesses na manutenção do estado das coisas. Toda esta ineficiência custa não só o atraso na Justiça como o dinheiro dos contribuintes. Infelizmente, e precisamente por não conhecer o nosso Sistema Judicial com um nível aceitável de pormenor, não posso propor qualquer solução ou sequer sugestão para a sua melhoria. Finalmente, em minha defesa e para não ser acusado de ser um mero "portuga bota-abaixo", queria relembrar que não me referia a esta problemática.

Seguidores