quarta-feira, 23 de fevereiro de 2005

Ainda mais difícil: só com uma roda



O cromo fez outro dispositivo de transporte pessoal mas desta vez só com uma roda. Embora ele afirme que chegou à conclusão de que a segunda roda era redundante, o que se esquece de dizer é que abdicando da segunda roda passa o ónus do equilibrio lateral para o condutor. Por outro lado parece-me que permite curvas mais rápidas e mais naturais em termos ergonómicos que em comparação com o que acontece no veículo de duas rodas. Quando se está a fazer uma curva o eixo vertical do corpo fica alinhado com o vector da força centrífuga. Exactamente a mesma diferença entre conduzir uma moto e um carro em curva. Na primeira o condutor é empurrado para baixo, na perspectiva do seu próprio eixo vertical, e fica mais seguro na moto, enquanto que no segundo, o condutor é atirado para o lado de fora da curva.

Tenho estado a pensar o que é que se teria de acrescentar ao aparelho para tornar a experiência de condução mais simples, ou seja, um auxiliar ao equilíbrio lateral, mas não me está a ocorrer nada. Ou melhor, está, mas não é muito prático. Poderia ser uma barra com dois pequenos pesos que fizesse o trabalho dos braços do condutor. Mas nesse caso perdia-se a naturalidade da condução apenas com os movimentos do corpo. Talvez este auxiliar pudesse ser utilizado para suavizar os movimentos do condutor e evitar inclinações bruscas.

Em determinadas situações este tipo de aparelhos pode ser extremamente perigoso. O funcionamento básico é que sempre que o aparelho sente que o condutor se inclina para a frente ou para trás, imprime maior velocidade à roda nesse mesmo sentido para procurar alcançar novamente a situação de equilíbrio. Quanto mais o condutor se inclina, maior a velocidade a que tem de rodar a roda. O problema põe-se quando a pessoa se inclina mais que um determinado ângulo. Existem dois ângulos críticos que podem ou não coincidir. Um dos ângulos está relacionado com o ponto de equilíbrio do condutor. É fácil de ver que quando uma pessoa se inclina muito para a frente se torna complicado só com um movimento do seu próprio corpo voltar a inclinar-se para trás. Numa situação normal a pessoa caíria para a frente. Mas este ângulo pode não ser crítico se o aparelho de transporte puder rodar mais rápido ainda, obrigando a pessoa a retornar a uma posição mais vertical. O aparelho deve gter um sistema de segurança que entra em repõe o aparelho na vertical e trava dando um aviso de perigo sempre que esse ângulo é ultrapassado. O segundo ângulo é que é mesmo crítico. Como já expliquei quanto mais uma pessoa se inclina, mais rápido tem o aparelho de rodar para não cair para a frente. Mas o que é que acontece quando o aparelho se inclina mais do que a velocidade a que é capaz de rodar? Exactamente, cai para a frente. Por enquanto isto não é muito grave porque estes aparelhos andam a velocidades relativamente reduzidas. Mas no futuro, se estes aparelhos se tornarem mais rápidos, a coisa pode-se tornar complicada. Imagine-se cair de cara a 60 km/h.

Lembro-me de há uns anos ter visto uma imagem de um transporte que resolvia esse problema, vou tentar encontrá-la.


The Eunicycle

1 comentário:

diariodebordo disse...

quando estás inspirado eu não sei o que fazer... lol juro que tentei ler até ao fim... eu tentei!! =p mas nao consegui... =( lol já estava a sentir-me tonta com essa das rodas e do eixo sei lá do quê... tens de me desculpar, uma criança de 20 anos não sabe apreciar certas coisas da vida... ;D ***bjinhux**

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