segunda-feira, 11 de abril de 2005

Turismo sexual

Na entrada da Wikipedia sobre a Islândia fazem referência a uma característica curiosa da demografia deste país. Devido ao facto de este país ser muito longínquo, isolado e certamente por ser um país com condições duras, a imigração é extremamente reduzida. Como consequência, a diversidade genética dos cidadãos deste país é muito pequena. Ora como é sabido, a longo prazo isto leva a problemas de origem genética. Não sei até que ponto esses problemas se manifestam numa população de 293.291 habitantes, mas mais tarde ou mais cedo este problema vai ter de ser atacado. Por isso já estou a imaginar um novo tipo de turismo sexual, promovido pelo governo da Islândia. Eles oferecem a viagem e a estadia a cidadãos do sexo masculino e estes concordam em serem sujeitos a testes a doenças sexualmente transmissíveis e a doenças de transmissão genética. Se passarem os testes têm de fecundar uma mulher islandesa por dia. É um trabalho duro, mas que muitos homens fariam com o coração aberto, um espírito solidário, uma postura caridosa e a satisfação de ajudarem um país a evitar sérios problemas de saúde a longo prazo.

Iceland - Wikipedia, the free encyclopedia: "The isolated location of Iceland has resulted in limited immigration and limited genetic inflow in its human population over hundreds of years. The resulting genetic similarity is being exploited today for genetic studies."

10 comentários:

Personalidade Bloguinho Portuga disse...

Tens razão. É por estas e por outras que hoje me arrependo de não ter mantido este blogue realmente anónimo. A partir do momento em que dei este endereço a pessoas conhecidas deixei de poder escrever o que me dá na real gana.

va disse...

Vejo que fizeste auto-censura. Pois é. É nestes momentos que descubrimos que afinal não dizemos tudo o que tinhamos pensado dizer.

Personalidade Bloguinho Portuga disse...

Eu já considerei cancelar este blogue e criar um novo. Mas surgem uma série de questões. Uma delas é que eu quero ter um blogue onde possa escrever coisas mais ou menos sérias e que sejam levadas a sério. Dentro das minhas limitações, claro. Se me ponho com caralhadas nesse blogue o que acontece é que ninguém leva as outras entradas a sério. Ou o blogue fica associado a pornografia, por exemplo, quando só lá tem uma ou outra história sobre o tema. O que vou ter de fazer é criar um novo blogue e manter os dois. Assim as coisas ficam separadinhas e posso escrever à vontade.

Personalidade Bloguinho Portuga disse...

Pedro, Pedro, a consciência não pesa nem deixa de pesar. A consciência é etérea, incorpórea. Não tem massa pelo que não está sujeita às leis da gravidade. Newton não levou com uma consciência na cabeça, levou com uma maçã.

Quanto à opinião dos outros, uma das razões pela qual eu tenho um blogue é precisamente para gerar discussão, um dos meus passatempos preferidos. Os comentários não têm problema nenhum. No caso particular do teu primeiro comentário, o efeito que teve foi levar-me a pensar que alguém em particular talvez não gostasse de ler a piada final. Pelo que achei por bem retirá-la.

Nota: Na realidade a história da maçã é folclore.

Personalidade Bloguinho Portuga disse...

Para a solução do problema genético penso que bastaria a acção de homens estrangeiros. Para que a solução pudesse incluir mulheres estrangeiras implicava que a criança fosse deixada no país para adopção ou que a mulher ficasse imigrada no país.

A censura foi baseasa em probabilidades e não em conjecturas.

Personalidade Bloguinho Portuga disse...

" Assim, como no texto utilizaste palavras, verbos e afins no condicional, penso que, em termos liqnguisticos, o mais correcto é qualificar como "conjectura".
Mas dado que, agora referes probabilidades, e conforme consta da transcrição do dicionário, supra; nesse caso, penso que, a tua resposta ainda ficou mais inconclusiva. Diria, mesmo, ilógica."

Erradíssimo. Segundo a definição de probabilidades que apresentaste: probabilidade é a qualidade do que é provável. Logo, o meu raciocínio está correctíssimo. O parágrafo não foi retirado porque eu presumo que vai ser lido, mas sim porque é provável que o seja. A probabilidade vem directamente da não impossibilidade de se dar o acontecimento. Não sendo impossível a probabilidade é maior que zero. E mais. Não só a probabilidade é maior que zero como é elevada. Quando a probabilidade é elevada e os riscos são altos, a atitude correcta é minimizá-los. Eu não só os minimizei como os eliminei, transformando um acontecimento provável em num impossível, ou seja, com probabilidade zero.

"Já agora, lá por o filho ser de mulher estrangeira, não quer dizer que a tenha de acompanhar - podia ficar com o pai islandês. "

Pode, sim senhor. Mas é sabido que as "barrigas de aluguer" dão muitas vezes mau resultado, com a mãe biológica a não querer entregar a criança a quem a encomendou. Já os homens são mais descontraídos em relação a essa questão, especialmente se nunca tiverem conhecimento de que a mulher ficou grávida. A entidade que promovesse o esquema de enriquecimento genético podia garantir isso.

No entanto a imigração é apresentada como uma das soluções para o envelhecimento da população dos países, pelo que também pode contribuir para o enriquecimento do "parque" genético.

"Mas, mesmo que saisse da Islândia não perdia a nacionalidade (Tu nasceste aonde?!?!?). Mais, poderia sempre voltar, mais tarde, para continuar a espécie.
Não achas?!?!?
Daí que, reitero o que já afirmei no último paragrafo do texto acima."

Ora bem, isso que tu afirmaste está errado. Eu tenho nacionalidade portuguesa e nunca tive outra. Para ter a outra nacionalidade teria de lá ter ficado até aos meus dezoito anos. E nem sempre os países permitem a dupla nacionalidade. Muitas vezes os cidadãos nessa situação são obrigados a escolher com qual das nacionalidades querem ficar.

Personalidade Bloguinho Portuga disse...

Não devemos estar a falar da mesma coisa. Imagina uma linha de espaço-tempo à tua esquerda tens o passado, à tua direita o futuro e à tua frente está sempre o presente. À nossa esquerda tinhamos um texto com um determinado parágrafo. Nesse período espacio-temporal havia uma determinada probabilidade de que o texto fosse lido. Probabilidade essa que seria praticamente impossível de calcular mas que eu, com base na minha experiência e conhecimento das coisas, considero elevada. Em determinado ponto do espaço-tempo esse texto foi apagado. No entanto o conhecimento da sua existência passada não se desvaneceu. O que antes era um acontecimento de elevada probabilidade é agora um acontecimento impossível, ou seja de probabilidade zero. Ou seja, tendo conhecimento de que um texto existiu mas que já não existe, eu posso afirmar, com toda a segurança, que a probabilidade de esse texto que existiu mas já não existe (voltar a) ser lido é zero. Eu não sei se no teu curso deste probabilidades e estatística, mas isto está absolutamente correcto.

A questão do "sê FORTE" não se enquadra nesta discussão, não percebo por que razão voltas a levantá-la.

Barrigas de aluguer

Como introdução: O meu texto inicial, que gerou esta discussão implicava que existia um casal na islândia e que a mulher era engravidada por um turista que seguia o seu caminho. Vejo agora que não fiz referência à existência de um marido. É preciso ver que seria um pouco irresponsável da parte de um governo promover uma medida que daria origem a um número maior ou menor de mães solteiras. Embora pudesse estar aberto a inscrições por parte de mulheres solteiras. Não deveria era ser orientado apenas a esta situação. Mas em todo o caso prossigamos.

tu escreveste "lá por o filho ser de mulher estrangeira, não quer dizer que a tenha de acompanhar - podia ficar com o pai islandês."

Daqui depreende-se que advogavas que a mulher voltaria ao país de origem, comportando-se como uma mãe de aluguer ou como uma mãe que entrega a custódia do filho ao pai e vai à sua vida (atenção, não existe qualquer julgamento da minha parte em relação a esta situação).

escreves ainda "no entanto, na tua resposta, fundamentas outra vez com probabilidades... que no caso que exemplifiquei, nunca aconteceriam..."

Não percebo onde é que te fundamentas para afirmar que a mãe estrangeira não quereria levar a criança consigo.

finalmente escreveste "Quanto à nacionalidade, o teu exemplo é a demonstração que a mesma não se perde por se ter nascido num país estrangeiro; logo, quem nascesse na islândia, de mãe portuguesa e pai islandês, poderia ser sempre islandês, viajar para o estrangeiro e permanecer islandês. Assim o que afirmei está deveras correctissimo."

Que grande confusão. O meu exemplo não prova nada disso. Eu fui registado num país estrangeiro como tendo nacionalidade portuguesa. Ambos os meus pais são portugueses. Nunca houve a questão de eu perder a nacionalidade portuguesa. Para eu poder aspirar a ser da outra nacionalidade teria obrigatoriamente de lá estar um determinado período de tempo e aos dezoito anos escolher se queria ter a nacionalidade do país estrangeiro. Portanto, o meu caso não pode ser dado como exemplo para esta discussão. No entanto, no caso em discussão, em princípio, e tendo um pai de cada nacionalidade, a criança teria assegurada a dupla nacionalidade. Mas não sei se isso depende da lei de cada país ou não. O que sei é que seria um mau investimento para o Estado, pagar as férias a uma mulher para ela lá ir ter a criança e depois voltar para o país de origem, na expectativa de que a criança decidisse voltar à Islândia quando chegasse à idade adulta. Já para não falar que em vez de 1 mês de férias com a possibilidade de engravidar 30 mulheres, teriam de pagar 1 ano e 10 meses de estadia a uma mulher para correrem o risco de ela voltar para o país de origem com a criança. 1 ano e 10 meses na melhor das hipóteses, claro.

va disse...

ó pá, se tu queres ir à Islândia vai (de certeza que as moças se depilam?), se alguém quiser ir também à Islândia, porreiro, eu sei que não tenho nada a ver com isso mas, pra quê complicar?
O que me preocupa é mesmo a questão da depilação...

Personalidade Bloguinho Portuga disse...

Olha que essa história da depilação é preocupante. Ainda por cima e pelo que se diz, nestes países sem sol durante muito tempo os homens estão mais preocupados em aumentar a sua tolerância à vodka do que em sexo. O que poderia levar as mulheres a achar que o cuidado com a aparência não compensava o esforço.

va disse...

bom, agora que falaste em vodka, também não está mal pensado...pura com 1 pedra de gelo!

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