Após uma luta para libertar Timor Leste do regime genocída Indonésio e implantar um sistema democrático, com custos incalculáveis em termos de sofrimento humano, eis que chegamos a um ponto perfeitamente absurdo, onde a Igreja Católica timorense tenta não só influenciar o Governo de forma inaceitável num estado democrático, como ainda vai mais longe, exigindo a remoção do Primeiro-Ministro e do seu Executivo. Parece óbvio que os bispos timorenses não apreenderam completamente o princípio da separação entre o Estado e a Igreja.
A crise começou quando o Governo decidiu tornar opcional o ensino da religião nas escolas timorenses. A meu ver esta medida peca por defeito, uma vez que o ensino da religião não deve caber de forma alguma nas escolas públicas, devendo as diversas religiões garantir uma forma de os seus fiéis terem acesso a esse tipo de ensino.
Os representantes da Igreja Timorense parecem não perceber ainda que esta desestabilização só pode servir outros interesses que não os do próprio país e da sua população.
Esta situação é verdadeitamente vergonhosa.
DN Online: Igreja rompe com Governo de D?li
P.S.: Isto sim, é algo verdadeiramente importante.
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