Penso que é claramente assumido que a SuperLiga portuguesa é um pouco fraquinha em termos de qualidade. Se não estou em erro há também quem defenda que Portugal não tem dimensão para ter 18 equipas na principal campeonato de futebol 11. Aliás, basta ver que o campeonato espanhol e o inglês têm apenas 20 equipas. Na sexta-feira, no regresso a casa enquanto ouvia um dos muitos programas de debate sobre Portugal na rádio, ocorreu-me então a seguinte hipótese: e se o campeonato português se fundisse ao campeonato espanhol? Passaríamos a ter um campeonato ibérico com uma dimensão verdadeiramente profissional e com muitas equipas de qualidade. E as nossas equipas, aquelas que conseguissem vir a fazer parte desta MegaLiga Ibérica jogariam muitas vezes em estádios com casa cheia e não teriam outro remédio senão crescer em qualidade. E isto seria também possível porque os patrocínios ganhariam outra dimensão, quanto mais não fosse porque passariam a ver a sua marca anunciada num mercado de 54 milhões de pessoas, contra os actuais 10 milhõezitos.
O que eu proponho é utópico? Ah pois é! A começar porque os dirigentes da Liga iam perder os seus empregos, e isso não pode ser. Em segundo lugar, dos clubes portugueses poucos teriam capacidade para sobreviver num campeonato de equipas como o Barcelona e o Valência. Em terceiro lugar porque, muito provavelmente, os espanhois não estariam interessados em ver equipas portuguesas no seu campeonato. Que também seria o nosso, claro. Mas certamente por muitas mais razões.
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