segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Confusão aromática

Ontem entrei na cozinha e um odor despertou-me uma memória do passado. Há muitos, muitos anos, depois de uma valente foda, fui a um restaurante de comida rápida comer um hambúrguer. Era uma esplanada na Praça da figueira, não faço ideia se ainda existe. Para grande surpresa minha, o hambúrguer sabia a cona. Na realidade o hambúrguer saberia a hambúrguer, só que o forte odor a cona que provinha das minhas mãos sobrepunha-se ao sabor original. Porventura não terei lavado bem as mãos, ou não as terei lavado de todo. Não consigo precisar. A experiência não foi má, apenas curiosa. Era quase como se estivesse numa trip em que os sentidos tinham sido trocados. A propósito de odores, fico na dúvida se "odor a cona" será uma caracterização correcta. Cheira a cona ou a sexo? Serão os odores dos lubrificantes masculino e feminino, do suor e do esperma todos combinados que resultam naquele buquê? Ou os fluidos vaginais sobrepõe-se a tudo? São questões que me atormentam, tenho de esclarecer isto da próxima vez. No seguimento dessa memória surgiu-me outra questão. Tendo em conta o efeito aromático que os espargos têm na urina, será que alteram também o odor feminino? Seria curioso estar a fazer cunilingus e sentir aquele característico odor a espargos. Podia ser uma oportunidade de negócio. Alimentos que alteram os odores do sexo. Já li num sítio qualquer que o ananás altera o sabor do esperma. E lembro-me de, há ainda mais anos atrás, penso que teria eu uns 15 anos, ter descoberto debaixo da cama de um tio um filão imenso de Playboys, Penthouses e outras que tais. Numa Playboy, nas cartas dos leitores, um fã da revista descrevia como tinha descoberto que uma dieta vegetariana tornava as vaginas mais doces. Essa carta ficou-me gravada na memória de tal maneira que me recordo da frase final: "so girls, if you want to taste sweet, stay off the meat".

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