sexta-feira, 26 de novembro de 2004

O Paradoxo Big Boss

É engraçado um paradoxo em que caiem imensos filmes de acção. Vou-lhe chamar o Paradoxo Big Boss e será tema de uma tese de mestrado. Yah!

Mas vamos então ao paradoxo. O filme está no fim. O herói, tipicamente sexo masculino, já esfrangalhou exércitos inteiros de peritos em artes marciais, utilizando desde armas de precisão, armas sem precisão, atropelamentos, afogamentos, implosões, envenenamentos, artes marciais (perferencialmente), palestras chatas, chaleiras de breakfast tea acabado de fazer, o velho truque do piano e defenestrações. Alguns destes malvados foram apagados da face da terra em menos de 15 segundos, tendo um deles, aliás o segundo melhor praticante da arte marcial mais mortífera de sempre, tido tempo apenas para virar a esquina.

E eis que a hora da verdade se aproxima. O Big Boss, termo imortalizado pelos jogos de níveis e que identificava o chefe dos maus de cada nível, confronta o nosso herói. O Big Boss é um velhinho raquítico que usa bengala e mal se aguenta de pé. E é aqui que entra o paradoxo. Quase sem se mexer, obviamente sem quaisquer capacidades de combate, o velhinho e a sua bengala quase derrotam o herói. No fim, já quase morto, muitas vezes ajudado pelo sidekick, que deve ser prefencialmente uma gaja linda e com umas mamas um número abaixo do descomunal, um golpe de sorte salva o herói de morte certa. O velhote morre uma morte horrível, estilo engolir uma granada, o que já de si deve doer imenso mas que ainda por cima explode, ou é desmembrado por quatro elefante, ou é sugado pelo reactor de um Airbus A380, ou é comido entre gritos lancinantes por milhares de piranhas ou ainda, passado por um rolo compressor. Custou mas foi!

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