domingo, 17 de outubro de 2010

Este país não tem futuro?

Perante este cilindro compressor que é o orçamento de Estado em vias de ser aprovado, sinto-me como se estivesse à beira de um precipício. Olho para a minha esquerda e para a minha direita e vejo todos os portugueses com os pés a escorregar para o abismo. Bom, não exactamente todos. Há alguns que vão calcando os outros, desta forma ganhando uma distância considerável da beira do precipício.

Este país é como que um passageiro de um comboio em que entrou a meio do percurso. Mas como tantos outros comboios, mais passageiros vão entrando. Estranhamente os novos passageiros vão avançando nas carruagens, empurrando Portugal para vagões sucessivamente mais atrás. Se tudo correr bem, a viagem deste comboio não tem fim. Tem uma direcção mas não um destino. No entanto, para alguns dos seus passageiros a viagem pode terminar. Será que Portugal avançará tanto na direcção contrária que acabará por cair da última carruagem para o meio da linha?

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