quinta-feira, 23 de fevereiro de 2006

Como lavar 50 milhões de libras

Aparentemente roubar 50 milhões de libras é muito mais simples do que usar esse dinheiro ou lavá-lo. Nunca tinha pensado no assunto, talvez por não ter roubado quantias dessa ordem nos últimos tempos, mas lidar com £ 50.000.000 tem algumas complicações práticas e de logística. Para além disso, os chatos dos ingleses têm montado um sistema legal que dificulta a tarefa de fazer desaparecer dinheiro arduamente obtido através de rapto e assalto à mão armada. Parece que vou ter de continuar à espera do Euromilhões.

BBC NEWS | UK | Can the robbers launder the money?

DRM

Uma das maiores discussões associadas à questão dos livros electrónicos (eLivros) é a da hgestão dos direitos de autor (DRM - Digital Rights Management). Uma das razões (entre muitas outras) para estes aparelhos falharem é a opção dos fabricantes de aparelhos em fornecê-los com sistemas de DRM proprietários, ou seja, que só permitem ler conteúdos que tenham sido gravados com esse sistema de DRM. Ora isso não faz qualquer sentido porque ninguém compra um aparelho destes para ler apenas os livros que a Sony ou outra marca qualquer decide pôr no mercado. Era a mesma coisa que comprar um leitor de DVD que só permitisse ver filmes da Warner Bros ou da Sony Entertainment. Não faz sentido, não é?

MobileRead Networks - Build an eink reader.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2006

Vitória!!!

É claro que não estou a falar do Benfica, que foi a desgraça que se viu. Eu e a minha mulher conseguimos uma vitória verdadeiramente importante lá para casa, que foi fazer pão comestível. Pode parecer uma tarefa simples, mas a verdade é que só à 3ª (ou foi à 4ª?) tentativa é que conseguimos. Das outras vezes o pão nunca chegou a cozer porque também nunca chegou a levedar como deve ser. No fim ficava uma massa crua com crosta e por mais tempo que deixássemos no forno ficava sempre igualmente intragável. Nós temos de fazer pão em casa porque o nosso filho é alérgico ao gluten e não pode comer nada com trigo, aveia, cevada, centeio, etc., porque contêm todos gluten. Logo temos de comprar farinha e fermento especiais. Acho que das outras vezes fizemos uma série de erros e por isso é que a massa não levedou. Por exemplo, acho que pus água quente demais na farinha com fermento, o que segundo li não é muito saudável para o processo de levedura. Depois não atinámos com o sítio onde pôr a massa a levedar. Parece que deve ficar abafada e num sítio a uma temperatura amena (30º?). Mas desta vez decidi pôr a forma dentro de uma bolsa térmica semi-rígida que fecha com fecho de correr e pus lá dentro um pano com água que aqueci no microondas. Foi remédio santo. Levedou tanto que quando abrimos novamente a bolsa, a massa tinha crescido mais do dobro, tinha saído da forma para dentro da bolsa e tivemos que deitar uma parte fora. Mas depois de ir ao forno ficou muito bom. Só não fica muito barato, que isto de farinhas e fermentos sem gluten já se está a ver.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2006

E agora, queimamos nós umas embaixadas?

Agora que alguns jornais muçulmanos decidiram começar a publicar caricaturas provocatórias e com insinuações de que o Holocausto nunca existiu, certamente para nos mostrarem que é muito chato quando gozam connosco, levanta-se-me uma dúvida. Será que devemos começar a queimar embaixadas de países muçulmanos? É que se não o fizermos parece-me um pouco injusto. Afinal eles atacaram embaixadas de países ocidentais como represália pelas caricaturas de Maomé. Agora que começaram eles próprios a fazer caricaturas parece-me equilibrado que o mundo ocidental responda da mesma forma. Ou melhor, parecer-me-ia se eu fosse um fanático religioso e se me falhassem os conceitos de democracia e liberdade de expressão.

É pena que todo este incidente sirva apenas para demonstrar que existe uma desconfortável fatia de muçulmanos que se deixa manipular e empurrar para um fanatismno inútil nos dias de hoje e prejudicial a um futuro civilizado. Quer-me parecer que a esses mesmos muçulmanos passará despercebido o facto de que por muitas caricaturas que façam e por mais ofensivas que sejam, dificilmente verão tristes cenas que protagonizaram repetir-se junto às embaixadas dos seus países.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2006

Quantos?



Esta imagem fabulosa é a imagem de astronomia do dia da Nebulosa da Lagoa, também designada por M8. Segundo a explicação, a distância representada na fotografia é de cerca de 30 anos luz. Ou seja, a luz levaria 30 anos para percorrer a zona do espaço mostrada na fotografia. Se quisessemos percorrer essa distância à velocidade a que a Space Shuttle normalmente circula em órbita, 7.757 metros por segundo, ou seja, cerca de 0,00000259% da velocidade da luz, seriam precisos 1.159.439 de anos para percorrer a mesma distância. Ganda seca!!!

Jihad cetácica!!!

Ok, esta foi a gota de água. Os japoneses, que elegantemente contornam a Moratória que existe contra a caça da baleia alegando que as baleias são caçadas para fins científicos, estão a vender carne de baleia como comida para cães. E porque é que fazem isto? Aparentemente porque têm demasiada carne de baleia em relação à procura para consumo humano. Como esta matança desnessária ofende todas as minhas crenças, seguindo o exemplo dos "civilizados" muçulmanos (*), venho por este meio apelar à destruição de todas as embaixadas japonesas bem como ao boicote de todos os produtos japoneses. E é com grande prejuízo pessoal que faço este apelo, uma vez que já tinha planeado comprar o Sony Reader. E também gostava de aprender japonês, mas sendo assim já não aprendo. Pronto!

Mas já agora, que raio de merda de moratória mais inútil é esta que permite que se cacem quantas baleias se queira desde que se diga que é para fins científicos? Ao menos a Noruega não é hipócrita, recusa-se a seguir a moratória, registou uma objecção formal e tem a coragem de admitir que caça as baleias para fins comerciais. Já a Finlândia é tão hipócrita como o Japão e tem um programa científico ao abrigo do qual caça baleias. Bom, sendo assim aproveito para apelar também à destruição das embaixadas da Noruega e Finlândia. Melhor, deixo à vossa discrição, as embaixadas que queiram destruir, desde que sejam de países que cacem baleias têm a minha benção.

(*) - queria chamar a atenção para o facto de que me refiro apenas aos "civilizados" muçulmanos que têm feito as "demonstrações de civismo" que temos visto nas últimas semanas. Não me refiro de maneira nenhuma aos muçulmanos que são realmente civilizados e se abstiveram de atacar embaixadas apesar de poderem estar muito ofendidos. No entanto incluo todos aqueles muçulmanos que gostavam de ter participado nos ataques às embaixadas mas não participaram porque já tinham comprado bilhetes para o cinema. Isto nos dias de hoje é preciso justificar tudo muito bem justificadinho, caso contrário somos logo etiquetados de xenófobos e outras coisas horríveis.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2006

Eurobiliões

Numa resposta ao texto anterior o Pedro perguntava retoricamente quando haveria um Eurobiliões. Eu diria que ainda falta um pouco. Especialmente se estivermos a falar de um verdadeiro Eurobiliões, com biliões à europeia. Vamos fazer umas contas para ficarmos com uma ideia do que é que estamos a falar.

Ora vejamos, na semana passada foram feitas 26.933.597 apostas, resultando em € 139.503.881,00 para prémios. Isto dá cerca de € 5,17 por aposta. Para atingirmos um nível de biliões, vá lá, sendo conservadores, € 1.000.000.000.000 e utilizando o mesmo rácio que na semana passada, seria necessário atingir as 193.067.000.000 (193 mil milhões!!!) de apostas. Como actualmente a população humana está ligeiramente abaixo dos 6,5 mil milhões de pessoas, isso obrigaria a que cada pessoa à face da Terra fizesse pelo menos 30 apostas no tal Eurobiliões. Isto inclui os recém-nascidos e os que estão prestes a morrer. Toda a gente. Ora 30 apostas, a 2 € cada aposta dá € 60 por pessoa. Tendo em conta que em 2001 cerca de 21% da população mundial se encontrava em situação de extrema pobreza, ou seja, vivia com menos de 1 dólar americano por dia, parece-me pouco viável nas próximas décadas.


Para chegar ao número de pessoas que seriam necessárias para sustentar um Eurobiliões era preciso saber a população total de pessoas nos países que jogam no actual Euromilhões. Depois calculava-se o rácio entre essa população e o número de apostas e extrapolava-se o número de apostadores para uma situação de 1 aposta por pessoa.. Infelizmente agora não tenho tempo para procurar essa informação.

De qualquer maneira um Eurobiliões é muito à frente. Eu sou uma pessoa com necessidades frugais e quaisquer 20, vá lá, 25 milhões de euros chegavam-me perfeitamente.

Isto de trabalhar atrapalha muito

É algo que me incomoda verdadeiramente. Com as melhores oito horas do dia ocupadas com trabalho torna-se difícil fazer as milhares de coisas mais interessantes que precisava realmente de fazer. A sociedade tem de evoluir num sentido em que não seja preciso trabalhar. Até porque faz mal à saúde. Se eu pudesse utilizar, digamos, 2 ou 3 horas destas 8 para fazer desporto, certamente que seria muito mais saudável. E como seria também certamente muito mais feliz, novamente seria muito mais saudável. Era duplamente muito mais saudável. E por exemplo, seria muito mais fácil enriquecer o meu conhecimento e a minha cultura. Uma das coisas que preciso absolutamente de fazer é aprender japonês. E tendo de trabalhar não dá (preciso de aprender japonês porque é muito mais eficaz para ralhar com crianças. Ou japonês ou klingon. Acho que qualquer uma é dezenas de vezes mais eficaz para impor respeito do que o português).

Bom, vou jogar no Euromilhões para ver se resolvo este problema.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2006

Que nem ginjas

Foto de iman maléfico condenado por incitamento ao ódio em Inglaterra
Este tipo parece um pirata, coitado

O julgamento de Abu Hazma em Inglaterra terminou tendo o juri decidido pela sua culpa relativamente aos crimes de incitamento ao ódio, à violência e ao homicídio. Isto cai que nem ginjas neste momento em que anda meio mundo a tentar queimar embaixadas da Dinamarca entre outras. Parece-me que este julgamento é capaz de ser um ponto de viragem em relação a uma postura talvez com uma excessiva correcção política em que havia alguma parcimónia em abordar os excessos de alguns líderes religiosos estabelecidos em países europeus, com receio de acusações de perseguição religiosa. Da mesma forma, a Noruega começou já a exigir restituição financeira à Síria pela destruição da sua embaixada e a própria Dinamarca responsabilizou já o Irão por quaisquer danos provocados à sua embaixada. Depois de tentar deitar água na fervura chegou a altura de dizer um sério bom-vamos-lá-a-ter-calma-que-já-estão-a-exagerar e começar a pedir responsabilidades pelos excessos que se têm passado por esse mundo islâmico fora. O bom e velho "direito à indignação" não passa por destruir uns quantos edifícios e matar uns quantos europeus para ventilar a raiva. Façam abaixo-assinados, interponham queixas-crime, sejam civilizados!

Existe obviamente um desaconselhável e aparentemente irremediável fosso entre dois conceitos do que é um mundo civilizado. Esta gente deixa-se enervar demais, não pode ser saudável.

P.S.: Quando falo "desta gente" que se deixa enervar demais, falo obviamente daquela gente que se deixa enervar demais. Quero com isto dizer que não me estou a referir aos que não se deixam enervar demais. O que eu considero democrática e civilizadamente saudável.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2006

Biliões

Eu cá se fosse um bilião não o queria ser nos EUA ou em Inglaterra ou no Brasil. Lá os biliões são pequeninos. Quaisquer mil milhões (109) e um gajo é logo tratado por bilião. Já em Portugal e na maior parte dos países da Europa não. Para poder ser tratado por bilião num desses países é preciso tê-los grandes. É preciso um milhão de milhões (1012) para que as pessoas reconheçam a grandeza

- AAAAh, vês filho, olha um bilião. Aquilo sim é importante
- Papá, papá, quando for grande quero ser um bilião
- Mas à europeia, filho, não quero cá meninas, hã?

Wikipedia: Billions
Wikipedia: Long and short scales

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2006

Empurra! Isto custa mas vai lá

Bush fez um discurso à nação em que entre outras coisas falou na dependência dos EUA em relação ao petróleo importado. Para fazer face a isso vão investir mais 22% na investigação de energias alternativas, incluindo energias renováveis e nuclear. Segundo Bush, o objectivo é reduzir as importações de petróleo em 75% até 2025.

Por um lado são boas notícias, mas espero que não seja uma desculpa para forçar a opção nuclear. Se os EUA conseguissem de facto esta redução em 75% seria uma excelente notícia porque em princípio isso significaria que tinha sido encontrada uma solução aplicável gobalmente e uma redução massiva da emissão de gases de estufa.

É claro que ninguém fala na redução do consumo porque isso acarreta o velho problema dos impactos na economia.

BBC NEWS | Americas | Bush urges end to oil 'addiction'

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