quinta-feira, 27 de outubro de 2005

Haaaaaaa, que alívio

Estive hoje a reparar e quando estou no urinol gosto de olhar para cima. Por alguma razão o acto de olhar para cima enriquece imenso a experiência de urinar. Essa simples acção consegue transformar um acto fisiológico numa actividade prazenteira. É claro que isto só é possível num urinol, onde se pode apontar mais para cima ou mais para baixo e qualquer um dos lados serve. Convém talvez evitar apontar directamente em frente, caso contrário teremos de tentar convencer os colegas ou familiares de que abrimos em demasia a torneira do lavatório. Mas tente-se fazer isso com uma sanita e o mais provável é o esguicho percorrer o autoclismo, paredes, papel higiénico e por aí fora... nalguns casos até eventuais bibelots poderão apanhar um duche. E se os bibelots forem levezinhos é bem possível que o potente jacto tenha o mesmo efeito sobre estes que um canhão de água da polícia sobre uma multidão de manifestantes. Se tal acontecer, para além de termos de limpar a urina do chão, teremos de salvar os objectos decorativos de um afogamento em urina.

A melhor forma de aumentar o prazer de uma mijadela é aguentar durante várias horas. Quando a bexiga estiver quase a rebentar então ir devagarinho para a casa de banho e encontrar um urinol limpinho. Devemos então colocar-nos em frente ao urinol, afastar ligeiramente as pernas, sacá-lo cá para fora e apontar para um ponto da nossa preferência. E depois relaxar e deixar as coisas acontecerem. Quem for bastante corajoso e talvez um pouco masoquista, pode bloquear o fluxo por uns momentos, sofrer, e depois libertar novamente. E quem for um Sandokan, pode ainda fazer o mesmo mas sem recorrer ao processo muscular normal para bloquear a bexiga. Em vez disso pode agarrar o prepúcio fazendo com que este se expanda qual balão de água. Confesso que nunca fiz isto. Não pode dar bom resultado. Uma mijadela destas é coisa para levar uns bons minutos e deve ser apreciada em toda a sua plenitude. De preferência acompanhar o acto com uns urros de média intensidade. HAAAAaaaaaaaaaa

Estou com uma destas vontades de trabalhar...

...ao menos podia ser sexta-feira :-(

terça-feira, 25 de outubro de 2005

Ecrãs extensíveis mais perto




A Phillips apresentou um protótipo de um ecrã flexível que pode ser enrolado. O ecrã é bi-estável, ou seja, só é necessário aplicar energia para alterar a imagem, mantendo-se esta sem mais consumo de energia. outra característica é ter legibilidade equivalente à do papel e ser reflector, ou seja, pode ser lido de forma confortável em situações de muita luz. Este ecrã poderá ser utilizado por fabricantes de dispositivos como leitores de livros electrónicos (eBook readers), telemóveis e PDA para oferecerem ecrãs maiores que o dispositivo de base.

domingo, 9 de outubro de 2005

Inocentes até prova em contrário

Cá em Portugal é assim. Somos um povo que acredita religiosamente na máxima "inocente até prova em contrário". Um autarca está sob investigação por corrupção enquanto Presidente da Câmara? Então elege-se outra vez porque se ainda não foi condenado então é inocente e os inocentes devem ser protegidos. Só espero que estas reeleições não influenciem o percurso das investigações e os próprios julgamentos e que os que forem de facto corruptos venham a ser condenados. Mas isto é Portugal...

sexta-feira, 7 de outubro de 2005

Eu Conan

A respeito desta crise existencial lembro-me de que quando era miúdo era o mais rápido da turma. Ninguém corria mais rápido do que eu e em relação à maioria dos rapazes e raparigas da turma ganhava por grande margem. Na apanhada era imbatível fazendo slalons entre resmas de miúdas sem que sequer me conseguissem tocar (na altura a palavra resmas só se usava mesmo para pilhas de folhas de papel de fotocópia). Havia apenas uma rapariga que tinha chumbado, que era mais alta do que eu e tinha umas pernas que nunca mais acabavam, que conseguia chegar perto de mim (agora que penso no assunto, já no liceu ela era daquelas que eram feias como tudo mas compensavam largamente com um corpo que dava vontade de uivar). E era extremamente ágil. Era capaz de saltar mais longe, mais alto que os outros. Nas aulas de ginástica eu era o único que com um daqueles trampolins de madeira dava um mortal por cima do boque (aquela caixa de madeira trapezoidal com o topo almofado constituída por diversas caixas sucessivamente mais estreitas que se encaixavam umas nas outas. Acho que era assim que se chamava).

Por isso quando apareceram os fantásticos desenhos animados "Conan, o Rapaz do Futuro" achei que de forma natural os meus colegas deixariam de me tratar pelo meu apelido para me passarem a chamar de Conan. Para minha surpresa tal nunca aconteceu. O Conan veio e foi, sem que nunca me tivessem chamado de tal. Acho que aos meus coleguinhas lhe faltou um pouco de perspicácia... ou fui eu que fui demasiado ambicioso.

Crise existencial blogueriana

Tenho estado a pensar que Portuga é capaz de transmitir uma ideia errada acerca da minha pessoa. Quem é que eu quero ser na Blogoesfera? Vejo muitas vezes nos comentários chamarem-me erradamente de Portugal, o que transmite uma ideia de nacionalismo que não podia estar mais longe da verdade. Se há coisa que não sou é nacionalista. E será que sou tão tipicamente português que Portuga se me aplique? Bom, pelo menos falar mal de Portugal e dos outros portugueses falo. Não gosto de pagar impostos e acho que os governantes de Portugal são sucessivamente e talvez incrementalmente incompetentes. Gostava mesmo era de ganhar o Euromilhões, abandonar de vez o trabalho e passar a viver dos rendimentos. Mas apesar disso tudo não me parece que Portuga transmita de todo a minha personalidade. Talvez esta dúvida seja fruto de alguma situação de redefinição da minha vida.

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